A Polícia Federal identificou pelo menos seis
viagens realizadas em conjunto pela lobista Roberta Luchsinger e Fábio Luís
Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os registros mostram que as reservas dos dois usavam o mesmo código localizador
nas passagens aéreas — incluindo uma viagem internacional para Lisboa, em 2024,
e cinco trechos nacionais realizados entre abril e junho de 2025. Para os
investigadores, as viagens reforçam o vínculo pessoal entre ambos.
Roberta foi alvo de busca e apreensão na
quinta-feira (19), durante a nova fase da operação Sem Desconto, que apura
fraudes milionárias em aposentadorias e pensões do INSS. Ela agora está
proibida de deixar o país, deve usar tornozeleira eletrônica e não pode manter
contato com outros investigados. Apesar das menções a Lulinha no inquérito, o
filho do presidente não foi alvo da operação e não é formalmente investigado
pela PF.
As suspeitas da corporação envolvem movimentações
financeiras de alto valor entre Roberta e Antônio Carlos Camilo Antunes,
conhecido como Careca do INSS, apontado como líder do esquema de desvio de
recursos. Segundo a PF, a lobista atuava como peça central na gestão e
ocultação do dinheiro obtido de forma ilegal e seria o elo direto entre o grupo
e Lulinha, citado em mensagens interceptadas ao longo da apuração.
Além das viagens, a Polícia Federal mapeou
contratos, repasses e consultorias considerados sem lastro técnico, totalizando
cinco pagamentos de R$ 300 mil cada — R$ 1,5 milhão no total. Em uma das
mensagens, o Careca se refere ao destinatário de um repasse como “o filho do
rapaz”. As investigações seguem em andamento, e os documentos indicam que
Roberta e o grupo mantiveram tratativas ilícitas mesmo após o início da
ofensiva policial.
Com informações do Poder360

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