A permanência das tarifas de 40% impostas pelos
Estados Unidos a parte das exportações brasileiras continua afetando
diretamente setores como o de pescados, que já registra retração. Segundo a
Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescado), o segmento está em
encolhimento e perdeu competitividade no mercado norte-americano.
“A gente caminha para uma diminuição na produção
nacional, tanto na piscicultura como na apicultura”, afirmou Eduardo Lobo,
presidente da Abipesca.
Embora o chamado “tarifaço” contra mais de 200
produtos tenha sido parcialmente revertido há cerca de um mês, após negociações
entre os governos do Brasil e dos EUA, 36,5% das mercadorias brasileiras seguem
taxadas, de acordo com a Câmara de Comércio Brasil–EUA. Entre os produtos ainda
atingidos estão pescados, mel, máquinas, calçados, roupas, madeira e café
solúvel.
No caso dos pescados, a Abipesca afirma que as empresas
têm redirecionado a produção para o mercado interno e para outros países, mas
com preços mais baixos. A associação estima uma perda de cerca de US$ 250
milhões em exportações para os EUA em 2025. No início do ano, até 99% da
tilápia brasileira era destinada ao mercado americano; com as tarifas, esse
volume pode cair a quase zero, segundo a PeixeBR.
Com informações de UOL

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