O governo federal registrou déficit primário de R$
20,17 bilhões em novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro
Nacional nesta segunda-feira (29). O resultado é o pior para meses de novembro
desde 2023 e supera o déficit de R$ 4,5 bilhões registrado no mesmo mês de
2024.
O déficit primário considera receitas e despesas
antes do pagamento de juros da dívida pública.
O desempenho contrasta com outubro, quando houve
superávit de R$ 36,5 bilhões. O resultado considera as contas do Tesouro
Nacional, Banco Central e Previdência Social.
Receita diminui e despesa aumenta
A receita total do governo central somou R$ 218,45
bilhões, queda real de 2,6% em relação a novembro de 2024. A receita líquida,
após transferências, foi de R$ 166,93 bilhões, retração real de 4,8%.
Apesar da queda geral, alguns tributos cresceram:
- IOF:
R$ 8,76 bilhões (+41,3% em termos reais)
- Imposto
de Renda: R$ 62,72 bilhões (+8,8%)
- Arrecadação
do RGPS: R$ 58,09 bilhões (+6,7%)
Em sentido oposto, houve forte redução nas receitas
com concessões e dividendos.
As despesas totais chegaram a R$ 187,10 bilhões,
alta real de 4%. Os benefícios previdenciários somaram R$ 79,37 bilhões, avanço
real de 3,9%.
Acumulado negativo em 2025
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o
déficit primário chega a R$ 83,82 bilhões em termos nominais. Em valores
corrigidos pela inflação, o saldo negativo é de R$ 82,4 bilhões, o maior desde
2023.
No resultado de 12 meses, o déficit soma R$ 57,4 bilhões,
o equivalente a 0,47% do PIB, bem abaixo do rombo de R$ 197,1 bilhões
registrado no mesmo período do ano anterior.
O déficit primário considera apenas receitas e
despesas do governo, sem incluir o pagamento de juros da dívida pública.
Poder 360

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