O
ex-policial militar Wanderlan Limeira dos Santos, apontado pela Polícia Federal
como líder de um esquema de fraudes em concursos públicos, morreu nesta
terça-feira (16), em Patos, no Sertão da Paraíba. A informação da morte foi
confirmada pelo Hospital Regional de Patos, onde ele estava internado.
De acordo com o informado pelo hospital, Wanderlan
Limeira sofria com problemas de coagulação. As causas da morte foram
identificadas como choque não especificado, choque hipovolêmico e coagulopatia
não especificada.
Além de ser investigado pelo esquema de fraudes em
concursos públicos, Wanderlan respondia por crimes como homicídio, peculato
(roubo ou desvio de dinheiro ou bens públicos), concussão (quando um
funcionário público exige dinheiro ou vantagem indevida, usando a autoridade do
cargo), roubo majorado (com agravantes), abuso de autoridade e uso de documento
falso.
'Máfia dos concursos'
A Polícia Federal afirma que o esquema criminoso era
chefiado pelo ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, expulso da
corporação em 2021 e já condenado por tortura de adolescente dentro de viatura.
Ele nasceu em Patos, no Sertão da Paraíba, e tinha 44 anos.
As investigações apontaram fraudes no Concurso
Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024 e em certames das Polícias Civis de
Pernambuco e Alagoas, Universidade Federal da Paraíba, Caixa Econômica Federal
e Banco do Brasil.
Ainda segundo a PF, Wanderlan teria
se inscrito no CNU apenas para provar aos “clientes” que o sistema de fraude
era eficiente. E conseguiu: foi aprovado para o cargo de auditor fiscal
do trabalho, que tem o maior salário inicial, de R$ 22,9 mil. No entanto, após
o resultado, não compareceu ao curso de formação.
No dia 2 de outubro deste ano, a Polícia Federal
deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão e
desarticular o grupo criminoso na Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O ex-policial
foi alvo de um mandado de prisão preventiva, que na época foi cumprido dentro
de um hospital em Campina Grande.
O esquema de fraude no Concurso Nacional Unificado
(CNU) de 2024 envolvia pessoas de uma mesma família, com base na cidade de
Patos. Os principais suspeitos são:
- Wanderlan
Limeira de Sousa (ex-policial militar apontado como chefe do esquema)
- Wanderson
Gabriel de Brito Limeira (filho do ex-policial militar)
- Valmir
Limeira de Sousa (irmão do ex-policial militar)
- Larissa
de Oliveira Neves (sobrinha do ex-policial militar)
- Antônio
Limeira das Neves (irmão do ex-policial militar)
- Ariosvaldo
Lucena de Sousa Júnior (membro da organização criminosa)
- Luiz
Paulo Silva dos Santos (membro da organização criminosa)
- Thyago
José de Andrade (chefe da organização criminosa)
- Geórgia
de Oliveira Neves
- Laís
Giselly Nunes de Araújo
Parte dos suspeitos chegou a fazer o CNU e foi aprovada
para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que tem salário de R$ 22 mil.

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