Brasil ficou de fora de um documento divulgado neste
sábado (20) por Argentina, Paraguai, Panamá, Bolívia, Equador e Peru pedindo o
restabelecimento da ordem democrática na Venezuela e a libertação de todos os
presos políticos. O texto expressa preocupação com a crise humanitária e social
no país governado por Nicolás Maduro e cobra respeito aos direitos humanos e ao
devido processo legal.
Segundo informações da agência EFE, o tema foi
discutido na cúpula do Mercosul, realizada no fim de semana, mas não entrou na
declaração final por falta de consenso. A posição brasileira, segundo fontes,
era de que qualquer menção à Venezuela incluísse críticas ao movimento militar
dos Estados Unidos na região e às sanções econômicas aplicadas ao regime —
ponto rejeitado pelos demais países.
Confira comunicado
Diante do impasse, os seis governos decidiram
publicar uma manifestação à parte. O Uruguai também não assinou o documento,
enquanto o Chile, que participou do encontro como Estado associado, optou por
não aderir.
O Ministério das Relações Exteriores foi procurado
para explicar a ausência de assinatura do Brasil, mas não respondeu até o
momento. O debate sobre a Venezuela também marcou o encontro entre chefes de
Estado do bloco: enquanto o argentino Javier Milei defendeu mais pressão
internacional sobre Maduro, Lula afirmou que uma intervenção militar seria uma
“catástrofe” para a região e defendeu uma saída diplomática para a crise.
Com informações da Gazeta do Povo


Nenhum comentário:
Postar um comentário