Uma tragédia chocou a Paraíba neste domingo (2), Dia
de Finados. O corpo de um menino de 11 anos, autista e deficiente visual, foi
encontrado enterrado em uma cova rasa nos fundos de um galpão abandonado às
margens da BR-101, na altura do Distrito Industrial de João Pessoa. O local fica
em uma área de difícil acesso, entre os bairros Costa e Silva e Perimetral Sul.
De acordo com informações apuradas pelo repórter
Flávio Fernandes, o pai da criança, natural de Santa Catarina, viajou até João
Pessoa para buscar o filho, com o consentimento da mãe, e levá-lo para passar
alguns dias no Sul do país. A mãe, preocupada, trocava mensagens com o
ex-companheiro pedindo notícias do menino, mas não obteve resposta durante todo
o sábado.
Na manhã deste domingo, o homem ligou para a mãe e
confessou o crime: “Perdi a cabeça com ele. Matei o menino e vou me entregar”.
Em choque, ela acionou a Polícia Militar, que mobilizou equipes do 5º Batalhão
até o endereço indicado pelo suspeito, próximo a uma empresa de refrigeração.
No local, os policiais encontraram uma cova rasa com
sinais de terra revirada. Ao cavarem, localizaram um saco preto com o corpo da
criança, em posição fetal. A vítima apresentava sinais de violência, mas a
causa exata da morte ainda será confirmada pela perícia criminal.
Após o crime, o pai embarcou de volta para Santa
Catarina e se apresentou à Delegacia de Florianópolis, onde foi detido. A
Delegacia de Homicídios de João Pessoa assumiu o caso e investiga as
circunstâncias do assassinato.
O episódio causou comoção entre policiais, moradores
e profissionais da imprensa presentes no local. Uma cena que, nas palavras do
repórter Flávio Fernandes, “aperta o coração e choca toda a Paraíba pela
crueldade e covardia”.

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