sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Tomba cobra secretário Alexandre Motta e denuncia descaso do Governo com paciente que aguarda UTI há nove dias

 


O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Tomba Farias (PSDB), fez um duro apelo público ao secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta, durante a sessão ordinária da Casa nesta quinta-feira 30, denunciando o que chamou de “falha grave e desumana” do Governo do Estado na condução do caso de Ebson Cleber Clementino da Silva, conhecido como Bio da Parabólica, internado há mais de nove dias entubado no Hospital Municipal de Santa Cruz, sem acesso a uma vaga de UTI.

Tomba revelou que a família do paciente já obteve decisão judicial determinando a transferência imediata para um leito de UTI no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (Cesar), em Natal. No entanto, segundo o deputado, o Governo não cumpriu a liminar, mesmo sob pena de multa diária, colocando a vida do paciente em risco.

“Há uma liminar da Justiça determinando a transferência imediata, e até agora o Estado nada fez. O secretário Alexandre Motta precisa agir — e agir agora. Já se vão mais de nove dias com o paciente entubado. Isso é desumano, é inaceitável. O Governo não pode virar as costas para uma vida”, afirmou Tomba, em tom indignado.

O parlamentar classificou o episódio como um retrato da insensibilidade administrativa e da falta de prioridade com a vida humana. “Não é possível que, em pleno século XXI, o Governo do Estado desrespeite uma ordem judicial e deixe um cidadão agonizando por falta de vaga em UTI. Falta sensibilidade, falta gestão e falta humanidade”, criticou.

Tomba destacou ainda que a situação foi registrada nos anais da Assembleia Legislativa, para que o caso tenha acompanhamento institucional. Ele pediu que a Secretaria de Saúde cumpra imediatamente a decisão judicial, garantindo a transferência do paciente e evitando o agravamento de um quadro já considerado crítico pelos médicos.

O deputado encerrou seu pronunciamento afirmando que a omissão do Governo pode resultar em responsabilidade direta pela morte do paciente, caso a transferência não seja providenciada. “O Estado está sendo multado, mas o que está em jogo aqui não é dinheiro — é uma vida. E uma vida não pode esperar pela burocracia do Governo”, completou.

 

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