O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA),
afirmou, nesta terça-feira (7), que o grupo Hamas “deve ser exterminado”
durante sessão solene em memória das vítimas dos ataques de 7 de outubro de
2023 em Israel. A declaração gerou reações e marcou o ato promovido para
lembrar os dois anos daquele ataque.
Wagner — que é judeu — qualificou o ataque de 2023
como “covarde” e pediu que não se confunda o Estado de Israel com o governo do
primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu: “O Hamas tem que ser exterminado, mas o
governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro”.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União
Brasil‑AP), que também é judeu, não participou da sessão solene. A homenagem
foi proposta para lembrar as vítimas e reforçar apelos por paz, pela libertação
de reféns e contra o antissemitismo.
Senado Federal
Em tom crítico, Wagner cobrou responsabilidade das
lideranças e fez ressalvas à condução do governo israelense. Segundo ele, “o
valor de uma vida humana não deve ser hierarquizado pela crença religiosa” e
parte significativa da população em Israel discorda da política externa de
Netanyahu. As falas foram acompanhadas de aplausos moderados e alguma
movimentação entre os senadores; Wagner deixou o plenário ao terminar o
discurso.
Ele defendeu também o diálogo e um cessar‑fogo,
argumentando que “só existe paz quando as partes beligerantes concordam em
encontrá‑la”. Explicando termos: cessar‑fogo é uma suspensão temporária das
hostilidades entre lados em conflito, frequentemente usada como primeiro passo
para negociações de paz.
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