Mais um capítulo veio à tona na novela que envolve o
Estado do RN e o Aeroclube.
Foi a exposição da recente alteração no registro
imobiliário envolvendo o terreno do Aeroclube promovida pelo Estado do RN.
É que, após o Aeroclube questionar a matrícula
aberta em 2001 através de uma ação na justiça federal, o Estado, para
justificar sua "propriedade", averbou agora em 2025, uma carta de
aforamento da Intendência de Natal datada de 1911.
O advogado que patrocina a ação, Tassius
Tsangaropulos, esclarece que “o documento apresentado pelo Estado sepulta de
vez a discussão, comprovando que o terreno nunca foi seu por dois motivos.
Em primeiro lugar, a carta de aforamento é um
documento que transfere apenas o uso do bem, logo ela indica que o proprietário
seria o Município de Natal, e não o Estado.
Além disso, o imóvel descrito na carta de
aforamento, na Afonso Pena, não corresponde em nada com o do Aeroclube, na
Hermes da Fonseca. Para tirar qualquer dúvida, o Aeroclube contratou uma
perícia que confirmou que a carta se refere ao imóvel da UBS São João,
sobrepondo-se apenas em pequena parcela do imóvel do Aeroclube”.
Era só o que faltava: o Estado do RN manipular
documento centenário para justificar tomar uma propriedade privada.
O imóvel em questão teve sua relevância histórico-cultural
atestada pela UFRN, pela Fundação Cultural Capitania das Artes, pela Fundação
José Augusto e pelo Conselho Estadual de Cultura. Mas o Estado quer fazer caixa
em ano pré-eleitoral, vendendo o imóvel para, conforme estudo feito pela
Controladoria-Geral, transformá-lo num shopping center.
E ainda dizem que a esquerda ama a cultura e a
história.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

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