quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O clima no plenário do STF diante do bombardeio de Fux

 


Terceiro a votar no julgamento da ação penal em que Jair Bolsonaro e outros sete integrantes do núcleo crucial da chamada trama golpista são réus, o ministro Luiz Fux surpreendeu não apenas os colegas da Primeira Turma do STF, como também os advogados e praticamente todos 0s presentes com sua decisão de considerar “incompetência absoluta” da Corte para julgar o caso.

Enquanto Fux proferia palavras, o relator Alexandre de Moraes evitava encara-lo, olhava para baixo e fazia anotações. Já Cármen Lúcia folheava a Constituição e também registrava os principais pontos do voto. Flávio Dino, por sua vez, tinha mais dificuldades para esconder a incredulidade, permanecia com a mão no queixo e também anotava.

Presidente da Turma, Cristiano Zanin até tentava encarar Fux, mas por vezes também baixava o rosto. Incrédulos, os magistrados nem o olhavam a maior parte do tempo.

Os advogados também celebraram, porque não esperavam que o voto do ministro seria tão amplo. A maioria dizia a quem quisesse ouvir que foi bem melhor do que o esperado.

A plateia murmurava a cada novo recado dado pelo magistrado aos colegas. Houve um momento até que todos se assustaram por terem entendido, de forma equivocada, que Fux teria pedido vista.

Entre os parlamentares presentes, os bolsonaristas também comemoravam por entenderem que isso daria ainda mais suporte para o avanço de medidas como o PL da Anistia e deixaria em aberto a possibilidade de o processo ser invalidado anos adiante.

Membros da base de Lula que compareceram não esconderam a decepção, apesar de tentarem minimizar publicamente. Reservadamente, eles demonstram resignação e parecem não acreditar.

VEJA

 

 

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