O julgamento que no STF (Supremo Tribunal Federal)
envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus na ação que
apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022, é considerado pelo senador
Hamilton Mourão (Republicanos-RS) — que foi vice-presidente de Bolsonaro — como
“uma vingança política”.
Em declaração divulgada nas redes sociais, o senador
afirmou que “a quase certa condenação dos réus abrirá um precedente perigoso e enfraquecerá
ainda mais a nossa democracia”.
Segundo Mourão, o processo não deve ser visto apenas
sob a ótica jurídica. “É importante que todos entendam! O julgamento que se
inicia amanhã, tendo como réus o [ex-]presidente Bolsonaro e seu núcleo de
assessoramento mais próximo, não é apenas um simples processo jurídico, em
verdade é o ocaso de uma vingança política”, declarou.
“Infelizmente, no Brasil do PT, fortalecido pela
hipertrofia da Suprema Corte, propositalmente, fizeram com que divergências
ideológicas se transformassem em ‘condutas criminosas’ e liberdade de expressão
em direito relativo”, completou.
O senador ressaltou ainda a necessidade de
pacificação nacional. “O Brasil precisa de pacificação, anistia já!”
Mourão e Bolsonaro
Em outro episódio recente, Mourão também comentou a
intervenção de líderes estrangeiros no caso de Bolsonaro.
Em entrevista em julho, o ex-presidente chamou de
“lamentável” a crítica do senador às tarifas impostas pelo presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.
Mourão afirmou na ocasião: “Ele que nos aponte o
caminho para resolver internamente. Não tem como, hoje em dia, resolver
internamente estas questões. Acho lamentável a declaração dele.”
O senador criticou a interferência de Trump no
julgamento interno. “Há uma injustiça sendo praticada contra o ex-presidente.
Mas compete a nós, brasileiros, resolvermos isso. Eu não aceito que o Trump
venha meter o bedelho em um caso aqui que é interno nosso”, disse.
As falas surgiram em meio a uma carta de Trump em
que o líder americano aborda decisões do STF contra redes sociais e questões
comerciais, além de anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros,
classificando o tratamento dado a Bolsonaro como “uma vergonha internacional” e
pedindo que a “caça às bruxas” contra o ex-presidente “acabe imediatamente”.
CNN
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