O ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL) Fábio Wajngarten
criticou a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de impor medidas
restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, ao ex-presidente na
manhã desta sexta-feira, 18. “Vamos parar de promover patifaria”, disse
Wajngarten.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Wajngarten
defendeu Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente “nunca disse que deixaria o
Brasil”.
Em outra publicação, Wajngarten chamou a operação da
Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra
o ex-presidente de “perseguição” e afirmou que Bolsonaro “sempre cumpriu tudo
que lhe era injustamente imposto”.
Wajngarten também compartilhou em seu perfil a nota
do atual advogado da defesa de Bolsonaro, Celso Vilardi, dizendo ter recebido
com “surpresa e indignação” a decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor
medidas restritivas ao ex-chefe do Executivo. A defesa classificou como
“severas” as determinações.
Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro precisa
se submeter a recolhimento domiciliar das 19h às 7h, em dias úteis, e durante
todo o final de semana.
O ex-presidente também foi proibido de acessar redes
sociais e não poderá se comunicar com diplomatas ou embaixadores estrangeiros
nem com outros réus e investigados pelo STF.
As medidas restritivas contra o ex-presidente foram
determinadas porque a PF identificou que Bolsonaro tem atuado para dificultar o
julgamento do processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as
eleições de 2022, e disse que as ações poderiam caracterizar crimes de coação
no curso do processo, obstrução de justiça e ataque à soberania nacional.
Wajngarten também prestou depoimento à Polícia
Federal, no dia 1º de julho, sobre um possível interferência no inquérito que
apura a tentativa de golpe de Estado. O advogado negou e disse que repudia “de
forma veemente a acusação de tentativa de tumultuar, de desorganizar, de atrapalhar,
embaraçar a investigação”.
Estadão
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