quinta-feira, 3 de julho de 2025

Ração contaminada já matou ao menos 650 cavalos no RN mais 6 estados, dizem criadores

 


No Brasil foram contabilizadas 650 mortes de cavalos depois de terem comido ração contaminada. Além disso, no país, há 367 animais em tratamento e 212 sob observação clínica. Além de São Paulo, há casos de óbitos em decorrência da ingestão da ração em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Goiás e no Rio Grande do Norte.

No estado de São Paulo, ao menos 290 cavalos morreram nos últimos dois meses após consumo de rações da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Atualmente, há cerca de 250 animais em tratamento intensivo.

A maioria dos casos foram registrados no interior, em cidades como Campinas, Sorocaba, Itu, Jundiaí, Jarinu e Indaiatuba, assim como na região metropolitana. Os dados são de um levantamento organizado pela advogada Maria Alessandra Agarussi, que representa criadores afetados.

“Os casos aumentam diariamente. Mortes são observadas em todo o país”, lamenta a advogada. Ela coordena o grupo “Vítimas da Nutratta”, que engloba centenas de depoimentos de perdas em haras e centros de treinamento. O grupo se organiza para tomar providências judiciais, mas todas as ações estão sendo ajuizadas em esfera individual.

Entre os sintomas observados nos bichos, estão desorientação, alterações de comportamento e mudanças na locomoção. “O primeiro é o apetite, eles perdem. Na sequência, eles começam a querer ficar prostrados, encostam a cabeça na parede, daqui a pouco eles começam a bater mesmo a cabeça na parede, morder”, detalha Marcos Barbosa, dono do haras Dia de Sol, na zona rural de Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo.

Ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que até o momento não há investigações policiais em andamento sobre o assunto. Procurada pelo Metrópoles via e-mail, WhatsApp e ligações, a empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. não se manifestou sobre as mortes dos cavalos devido ao consumo de ração contaminada, até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para pronunciamentos.

Com informações de Metrópoles

 

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