No Brasil foram contabilizadas 650 mortes de cavalos
depois de terem comido ração contaminada. Além disso, no país, há 367 animais
em tratamento e 212 sob observação clínica. Além de São Paulo, há casos de
óbitos em decorrência da ingestão da ração em Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Alagoas, Bahia, Goiás e no Rio Grande do Norte.
No estado de São Paulo, ao menos 290 cavalos
morreram nos últimos dois meses após consumo de rações da empresa Nutratta
Nutrição Animal Ltda. Atualmente, há cerca de 250 animais em tratamento
intensivo.
A maioria dos casos foram registrados no interior, em cidades como Campinas,
Sorocaba, Itu, Jundiaí, Jarinu e Indaiatuba, assim como na região
metropolitana. Os dados são de um levantamento organizado pela advogada Maria
Alessandra Agarussi, que representa criadores afetados.
“Os casos aumentam diariamente. Mortes são observadas em todo o país”, lamenta
a advogada. Ela coordena o grupo “Vítimas da Nutratta”, que engloba centenas de
depoimentos de perdas em haras e centros de treinamento. O grupo se organiza
para tomar providências judiciais, mas todas as ações estão sendo ajuizadas em
esfera individual.
Entre os sintomas observados nos bichos, estão desorientação, alterações de
comportamento e mudanças na locomoção. “O primeiro é o apetite, eles perdem. Na
sequência, eles começam a querer ficar prostrados, encostam a cabeça na parede,
daqui a pouco eles começam a bater mesmo a cabeça na parede, morder”, detalha
Marcos Barbosa, dono do haras Dia de Sol, na zona rural de Guarulhos, Região
Metropolitana de São Paulo.
Ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que até o momento
não há investigações policiais em andamento sobre o assunto. Procurada pelo
Metrópoles via e-mail, WhatsApp e ligações, a empresa Nutratta Nutrição Animal
Ltda. não se manifestou sobre as mortes dos cavalos devido ao consumo de ração
contaminada, até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para
pronunciamentos.
Com informações de Metrópoles
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