A Secretaria Nacional de Políticas Penais
(SENAPPEN), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em
parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte
(SEAP), realizou nesta quarta-feira (19) a sétima fase da Operação Mute. A
ação, que ocorre em todo o Brasil, foi executada na Penitenciária Estadual
Rogério Coutinho Madruga (PERCM), em Nísia Floresta, sem registros de apreensão
de materiais ilícitos.
A Operação Mute tem como principal objetivo combater
a comunicação ilícita dentro dos presídios, estratégia amplamente utilizada por
organizações criminosas para coordenar atividades ilícitas. Segundo o
secretário da Administração Penitenciária do RN, Helton Edi, a operação ocorre
simultaneamente em todas as unidades federativas do país, envolvendo revistas
detalhadas em celas e áreas comuns, como pátios e corredores.
Destaque do RN na repressão ao uso de
celulares
Durante a inspeção na PERCM, policiais penais
estaduais e federais não encontraram nenhum aparelho celular ou eletrônico,
reforçando a eficiência do estado no combate à entrada desses dispositivos em
unidades prisionais. O Rio Grande do Norte se consolida como um dos estados com
melhor controle desse tipo de infração no país.
Esse resultado positivo é reflexo do investimento em
tecnologia e segurança. Os presídios potiguares contam com scanners de Raios-X,
similares aos utilizados em aeroportos, além de pórticos detectores de metais
na entrada de visitantes. As celas também não possuem energia elétrica, o que
dificulta o uso de dispositivos eletrônicos. Além disso, as revistas periódicas
são conduzidas por policiais de plantão e equipes especializadas do
Departamento de Operações Táticas (DOT) e outros grupos operacionais.
Impacto nacional da Operação Mute
Em suas seis fases anteriores, a Operação Mute já
apreendeu mais de 5,5 mil celulares em presídios brasileiros. Ao todo, mais de
20 mil agentes participaram das ações em aproximadamente 500 unidades
prisionais, que abrigam mais de 350 mil detentos.
O uso ilegal de celulares nas prisões é um problema
de segurança pública nacional, pois permite que criminosos continuem
articulando atividades ilícitas, impactando diretamente o avanço da violência
nas ruas. A repressão à comunicação clandestina dentro dos presídios visa
reduzir os índices de crimes violentos letais intencionais (CVLI) e fortalecer
o sistema penitenciário brasileiro.

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