O Ministério Público do Rio Grande do Norte
(MPRN) ajuizou uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência
para a remoção de construções irregulares localizadas em Barra do Cunhaú,
praia do município de Canguaretama.
A Promotoria de Justiça de Canguaretama tomou
conhecimento da existência das estruturas e encaminhou ofício à Prefeitura para
que adotasse providências. De acordo com o Município, os proprietários das
construções foram notificados e receberam prazo para regularização, mas não
houve retorno.
MPRN quer retirada de construções irregulares e
limpeza de área em praia de Canguaretama. Foto: Alexandra Maria Estrella.
Segundo a Prefeitura, foi feita uma tentativa de
remoção pacífica das construções, mas houve resistência dos ocupantes. Eles
alegaram que precisavam das estruturas para garantir o sustento e que o prazo
concedido era curto para retirada dos pertences. Diante disso, foi concedido um
prazo adicional de 20 dias para que a retirada fosse feita voluntariamente.
Órgãos de assistência social também foram acionados para avaliar a situação
socioeconômica dos ocupantes.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente (Idema) realizou vistoria no local e confirmou a presença de
instalações em área inadequada e em desacordo com a legislação ambiental. O
órgão também notificou os ocupantes para que as estruturas fossem removidas.
Mesmo com as notificações, as construções
continuaram no local. O MPRN afirma que uma das estruturas chegou a
receber alvará de funcionamento provisório emitido pela Prefeitura, o que
motivou o pedido de responsabilização do Município na ação judicial.
Na ação, o Ministério Público requer que, em caráter
de urgência, os ocupantes sejam intimados a promover a retirada dos pertences e
a demolição das estruturas. Caso não ocorra a remoção voluntária, o MPRN pede
que o Município realize a retirada e a demolição das construções, além da
limpeza total da área.
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