O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul
Prates, deixou claro o motivo de ter deixado a Presidência da estatal: o
titular do ministério da Casa Civil, Rui Costa. Sem citar o nome do ministro, o
ex-presidente revelou uma série de detalhes da saída dele do cargo, inclusive,
a reunião com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou para ele e disse:
"a situação entre vocês dois está insustentável e precisamos escolher um
dos dois". Aí o próprio Jean Paul admitiu que, daquela forma,
sairia.
As falas de Jean Paul foram dadas no Jornal das 6,
da 96 FM, no mesmo dia em que a Nísia Trindade deixou o Ministério da Saúde
alegando, também, que foi "fritada". Segundo o ex-presidente da
Petrobras, a forma como o Governo Lula tem lidado com os problemas está
errada.
"A forma de tratar a inflação de alimentos foi
completamente errada, estapafurdia. Você recebe um problema, não convoca uma
reunião ministerial, com a imprensa dentro, e começa a dar admoestações
públicas em ministros, principalmente no ministro da economia. Isso é um
assunto que se faz internamente. E volta em meia, havia esse admito insuflado
por sabe-se lá quem, palacianos, de admoestar ministros publicamente. Aconteceu
com Paulo Teixeira, Wellington Dias. Haddad. Quem se aproxima, mostra serviço,
se tiver um pouquinho torto, o presidente de alguma forma, porque ele não era
assim (alguém mudou ele)"
Em outro momento, deixando claro que Lula parece
"engolir corda", acabou virando um presidente "dúbio", que
de um lado é um cara legal e, em outro momento, aparece reclamando com
ministros: "dando esporro em todo mundo". Quando questionado quem
levava isso, deixou claro: "Existe um papel de coordenador, que parece
mais de desagregador e todo mundo sabe disso, que é o da Casa Civil. Tem uma
certa responsabilidade e precisa pensar nisso. Precisa refletir isso".
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