O ex-prefeito de São Pedro do Potengi, Miguel
Cabral, assassinado na noite desta segunda-feira (3), em Natal, estava longe de
ser uma unanimidade no noticiário policial. Isso porque o ex-mandatório
acumulou ao longo dos anos uma série de polêmicas com a Polícia Civil e a PM,
tanto é que, além da acusação de assassinato contra um membro da família, ainda
teve os filhos presos em operações contra o crime organizado.
O histórico de Miguel Cabral foi citado no programa
Meio Dia RN, com o BG (veja no link acima). Além das polêmicas com a
Polícia, Miguel Cabral também teve uma discussão pública com o ex-policial
militar Wendel Fagner, o Wendel Largatixa, que está presos acusado de um triplo
homicídio. Quando Lagartixa fazia vídeos divulgando problemas em cidades do
interior, o ex-prefeito afirmou em São Pedro o ex-PM "não iria se criar".
HOMICÍDIO
De acordo com reportagem do Novo Notícias, o
Ministério Público Estadual apresentou uma denúncia em 28 de abril de 2014, por
volta das 14h, contra Miguel Cabral. O texto apontou que ele teria efetuado
vários disparos de arma de fogo contra a vítima, Bruno Cabral da Silva, que era
primo de Miguel Cabral. O processo seguiu passou por audiências de instrução e
coleta de depoimentos e interrogatório do réu. Esse, inclusive, teria sido o caso
citado pela prima de Miguel Cabral, que "comemorou" a morte do
familiar.
Dias após ao crime, agentes da 1ª Delegacia Regional
de Polícia Civil (1ª DRP) prenderam Miguel Cabral Nasser. Havia um mandado de
prisão preventiva em aberto, expedido pelo juízo da Comarca de São Paulo do
Potengi. No entanto, a defesa obteve decisão habeas corpus favorável para a
liberação do ex-prefeito.
Em março de 2023, quase 10 anos após o crime, a
Justiça do Rio Grande do Norte decidiu arquivar o caso, ao declarar a
impronúncia de Miguel Cabral Nasser. A impronúncia significa a rejeção de uma
denúncia ou acusação contra alguém por falta de provas. A decisão foi proferida
pela juíza Vanessa Lysandra Fernandes Nogueira de Souza, da Comarca de São
Paulo do Potengi.
Segundo a sentença, tanto o Ministério Público
quanto a defesa solicitaram a impronúncia do acusado, sob o argumento de falta
de indícios suficientes de autoria. Ainda na decisão, a magistrada destacou que
as provas testemunhais apresentadas não foram suficientes para sustentar a
acusação.
“O próprio titular da ação penal pugnou pela
impronúncia, de modo que, diante do sistema acusatório, resta evidente a
referida impronúncia do réu”, afirmou a juíza na sentença.
Portal 96
Nenhum comentário:
Postar um comentário