Medo e pressa costumam ser péssimos conselheiros. E
Lula 3 está cercado deles. Em público, integrantes do governo admitem que a
perda de popularidade aumenta o receio de não ir bem nas próximas eleições. E
que isso — a perda de popularidade — precisa ser remediada rapidamente.
Mas como? Até aqui, com mais do mesmo. Lula acha
que, pondo dinheiro em circulação, a economia anda. Daí a ênfase redobrada
agora em seguir adiante com isenção de imposto de renda para quem ganha até
cinco mil reais, junto de maior oferta de crédito.
Lula também acha que precisa de mais controle sobre
as estatais, transformadas em ferramentas de projeto político. Hoje, ele voltou
a dizer que a petroleira poderia vender combustível direto para grandes consumidores,
pois o povo, segundo ele, é assaltado por intermediários.
Falar direto com o povo tem sido a previsível tática
de Lula para buscar a popularidade perdida. Com resultados péssimos até aqui.
Descrito até por aliados e apoiadores ferrenhos como
isolado e fora da realidade, Lula produziu frases que se voltaram contra ele
mesmo, como dizer que “não compre se o preço tá caro”.
Outra parte da busca da popularidade perdida é
negociar cargos e ministérios para partidos políticos dos quais depende no Congresso.
Mas também não está trazendo resultados. Parlamentares avançaram em cima do
orçamento. Não precisam mais tanto assim de ministros — essa moeda
desvalorizou.
Parecem também ter cheirado, percebido, identificado
algo muito mais perigoso do ponto de vista de Lula 3: o cansaço generalizado
com mais do mesmo.
CNN Brasil
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