Após o governo federal atingir, na semana passada, o
menor nível de aprovação dos três mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, os partidos que compõem a base têm discutido internamente o “custo”
político de integrar a gestão. Além do PT, a Esplanada dos Ministérios tem 10
siglas, que vão desde a esquerda, com PSOL e PCdoB, até a direita, com
Republicanos, passando pela centro-direita, com União Brasil e PSD.
Na sexta-feira (14), a pesquisa Datafolha apontou
que 41% dos eleitores reprovam o presidente, o maior número já registrado pelo
levantamento considerados os mandatos anteriores. O petista tem, ainda, a pior
aprovação dos três governos, com 24%.
Os questionamentos dos partidos ocorrem em meio a
discussões de uma eventual reforma ministerial, especulada desde o fim do ano
passado. As mudanças têm sido cogitadas para aumentar a governabilidade no
Congresso Nacional e aperfeiçoar a comunicação das ações do Executivo, área
criticada publicamente por Lula. Para alterar o rumo da divulgação do governo,
o petista trocou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social da
Presidência), logo no início do ano.
Integrantes de algumas legendas que fazem parte do
governo afirmaram ao R7, em reservado, que a aprovação não interfere no apoio a
Lula — por enquanto. É o caso de PSD e MDB, que chefiam, cada um, três
ministérios. O PSD comanda Pesca e Aquicultura; Minas e Energia; e Agricultura
e Pecuária. O MDB está à frente de Planejamento e Orçamento; Cidades; e
Transportes.
Em outro lado da equação, está o PP, representado na
Esplanda com uma pasta, a dos Esportes. Acomodar o partido na base de Lula foi
um dos fatores que levaram à primeira reforma ministerial do petista, em
setembro de 2023, quando André Fufuca (PP) substituiu Ana Moser no comando do
ministério.
Nos bastidores, o PP quer comandar mais pastas
federais, justamente porque o “preço” de estar ao lado de Lula aumentou. Um dos
nomes cotados para integrar a Esplanada é o de Arthur Lira (AL), ex-presidente
da Câmara dos Deputados.
R7
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