O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda
não definiu quem substituirá Alexandre Padilha na articulação política do
governo federal.
No fim de semana, o petista conversou com políticos
e amigos sobre o comando do Ministério de Relações Institucionais, cargo
estratégico que ficará vago com a transferência de Padilha para o Ministério da
Saúde.
A dúvida do presidente, segundo assessores do
governo, é sobre as consequências de entregar a função para um político do
bloco do Centrão.
Lula costuma preencher os cargos da chamada “cozinha
do Palácio do Planalto”, que despacham a poucos metros do gabinete
presidencial, com quadros petistas de sua confiança.
Com a queda da popularidade de seu governo e o
avanço da direita no país, Lula tem sido recomendado a indicar um político de
centro para dialogar com o Congresso Nacional.
O petista, no entanto, tem receio. Segundo aliados
do presidente, a preocupação é de que se repita o ocorrido com Dilma Rousseff
(PT) em seu segundo mandato, quando a petista nomeou seu então vice-presidente,
Michel Temer, como articulador político da Presidência da República.
Com mais afinidade com o Congresso, Temer, que era
um dos dirigentes do Centrão, ganhou respaldo junto ao Poder Legislativo e se
tornou uma alternativa para substituir Dilma.
O cenário levou a um rompimento entre Dilma e Temer,
e a aprovação do impeachment da petista na Câmara dos Deputados.
CNN
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