quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

TANGARAENSE - Governo não consegue controlar preços ‘do dia para noite’, diz Lula, no terceiro ano do atual mandato

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (20) que o governo “não consegue controlar” os preços dos alimentos “do dia para a noite”, mas alegou que o governo federal tem atuado para tentar reduzir o preço dos alimentos no Brasil. Lula foi questionado sobre o preço do ovo e do café, mas disse que o governo quer “baixar os preços de todos os alimentos”.

Em entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, Lula disse que o Brasil “virou quase um supermercado do mundo” e que o fato de os empresários estarem exportando seus produtos não pode significar um aumento dos preços no país.

– Vamos ter que fazer uma reunião com os atacadistas para saber como podemos trazer isso para baixo. O fato de estar vendendo produto em dólar, que está alto, não significa que tem que colocar no preço do brasileiro o mesmo preço que exporta. Da mesma forma o óleo, a carne. Agora, a carne começou a cair. Vai cair e o povo vai voltar a comer sua picanha – disse.

O petista também disse ter certeza de que o governo “vai conseguir fazer com que o preço volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador” e culpou as condições climáticas no último ano para justificar o aumento de preços.

– A gente vem de momentos muito cruciais, muito sol, o maior calor da história, muito fogo e muita chuva. Tudo isso tem interferência nos preços. Tivemos greve (gripe) aviária nos Estados Unidos e outros países, e os EUA viraram importador de ovo brasileiro – declarou.

Lula voltou a repetir que a economia brasileira vai crescer 3,8%, contrariando a previsão de especialistas do mercado financeiro. Disse, ainda, que a inflação está “razoavelmente controlada” e que o Brasil teve déficit fiscal “quase zero” no ano passado.

– Todo mundo achava que ia ser uma desgraça, que a economia não ia crescer. A economia cresceu o triplo do que os especialistas previam. Em 2024, vai para 3,8%. Em 2025 e 2026, vai continuar crescendo, e o crescimento vai ser repassado aos trabalhadores com aumento do salário mínimo – completou.

Robson Pires

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