De olho no cenário eleitoral de 2026, integrantes de
partidos como o PSD, Republicanos e até MDB já ensaiam um desembarque completo
da base do governo Lula.
A mudança de postura começou a ser avaliada nesta semana após a divulgação de
dois levantamentos importantes que mediram o mau humor do eleitor em relação ao
petista.
Como mostramos, segundo pesquisa CNT/MDA, a
avaliação negativa relacionada ao governo do petista subiu de 31% para 44%
desde novembro. A avaliação positiva caiu de 35% para 29%, e a avaliação
regular foi de 32% para 26%.
A avaliação negativa de Lula é pior do que a do
antecessor, Jair Bolsonaro, a esta altura do governo. O ex-presidente tinha 39%
de avaliação negativa no início do terceiro ano de governo e 33% de positiva.
Já pesquisa Genial/Quaest revelou que a desaprovação
do presidente Lula superou numericamente a aprovação até nos estados do
Nordeste, onde o petista tinha mais apoio. Na Bahia, estado governado pelo
petista Jerônimo Rodrigues, Lula é reprovado por 51% dos entrevistados, ante
47% que o aprovam e 2% que não responderam. Em Pernambuco, o outro estado do
Nordeste no qual o levantamento foi realizado, Lula é desaprovado por 50% e
aprovado por 49%.
Os números chamaram a atenção de integrantes do
Centrão tanto na Câmara quanto no Senado. E o sentimento que se tem hoje, é que
parlamentares de partidos menos alinhados com o Palácio do Planalto defendem um
descolamento urgente da imagem de Lula.
Na avaliação de três cardeais do Centrão, Lula só
por milagre, conseguirá recuperar a popularidade nos próximos meses. Para eles,
a falta de espaço para gastos públicos aliado ao fato de que qualquer política
expansionista de gastos pode ter efeito justamente contrário ao que o governo
espera. Para eles, ao apostar na expansão do gasto público, o governo pode
fomentar um fluxo inflacionário que é a pedra no sapato do governo federal
neste momento.
O Antagonista
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