terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Natal sofre com falta de atendimento psiquiátrico e para dependentes químicos



O vereador Preto Aquino (Podemos) denunciou na manhã desta terça-feira 7 graves falhas nos serviços públicos de saúde mental em Natal, alertando para a precariedade do atendimento psiquiátrico, a ausência de políticas para tratamento de dependentes químicos e a sobrecarga nos equipamentos de saúde municipais.

Segundo Preto, a cidade enfrenta dois grandes problemas na política pública de saúde: “Primeiro é a saúde mental. Aqui próximo nós temos hospitais de referência, como o Hospital Severino Lopes. Só que esses hospitais, que atendem pacientes psiquiátricos, eram portas abertas. Não existe mais, em Natal, nenhum local de atendimento de pacientes porta aberta.”

Essa ausência de acesso imediato está resultando em situações preocupantes, segundo Preto: “O paciente psiquiátrico está junto do paciente com Covid, pediátrico, cardíaco, colocando em risco a vida de todos, inclusive dos profissionais que estão trabalhando. Funcionários estão sobrecarregados, cansados e amedrontados.”

Outro ponto alarmante, segundo ele, é a superlotação do Hospital Severino Lopes, única unidade especializada em internações psiquiátricas. Preto destacou que “quase todos os leitos de internação do Severino Lopes, do estado do Rio Grande do Norte, quem paga é a prefeitura de Natal. Mas quem controla, quem toma conta, é o estado.” Ele reconheceu avanços na regulação, mas criticou o modelo atual: “É muito cômodo para o estado. Quem paga é o município, mas quem administra é o estado.”

Além disso, o vereador chamou atenção para o impacto do alcoolismo e das drogas na saúde pública de Natal. “Boa parte dos pacientes que estão nas UPAs tratando problemas psiquiátricos são alcoólatras ou dependentes químicos. E a cidade não tem hospital específico ou clínica para tratar dependentes, seja custeada pelo município ou pelo estado. Isso é um grave problema.”

Vereador cobra melhorias no atendimento psiquiátrico na capital

Preto cobrou ações mais enérgicas por parte do poder público, afirmando que a responsabilidade deve ser compartilhada entre os governos estadual e municipal. “Eu acredito que isso é um ponto muito importante e vou continuar cobrando e solicitando. Não é fácil lidar com uma pessoa com problema de saúde. Imagine, além disso, conviver com problemas de dependência química ou alcoolismo.”

 

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