O vereador Preto
Aquino (Podemos) denunciou na manhã desta terça-feira 7 graves falhas
nos serviços públicos de saúde mental em Natal, alertando para a precariedade
do atendimento psiquiátrico, a ausência de políticas para tratamento de dependentes
químicos e a sobrecarga nos equipamentos de saúde municipais.
Segundo Preto, a cidade enfrenta dois grandes
problemas na política pública de saúde: “Primeiro é a saúde
mental. Aqui próximo nós temos hospitais de referência, como o Hospital
Severino Lopes. Só que esses hospitais, que atendem pacientes psiquiátricos,
eram portas abertas. Não existe mais, em Natal, nenhum local de atendimento de pacientes porta
aberta.”
Essa ausência de acesso imediato está resultando em
situações preocupantes, segundo Preto: “O paciente psiquiátrico está junto do
paciente com Covid, pediátrico, cardíaco, colocando em risco a vida de todos,
inclusive dos profissionais que estão trabalhando. Funcionários estão
sobrecarregados, cansados e amedrontados.”
Outro ponto alarmante, segundo ele, é a superlotação
do Hospital Severino Lopes, única unidade especializada em internações
psiquiátricas. Preto destacou que “quase todos os leitos de internação do
Severino Lopes, do estado do Rio Grande do Norte, quem paga é a prefeitura de Natal.
Mas quem controla, quem toma conta, é o estado.” Ele reconheceu avanços na
regulação, mas criticou o modelo atual: “É muito cômodo para o estado. Quem
paga é o município, mas quem administra é o estado.”
Além disso, o vereador chamou atenção para o impacto
do alcoolismo e das drogas na saúde pública de Natal. “Boa parte dos pacientes
que estão nas UPAs tratando problemas psiquiátricos são alcoólatras ou
dependentes químicos. E a cidade não tem hospital específico ou clínica para
tratar dependentes, seja custeada pelo município ou pelo estado. Isso é um
grave problema.”
Vereador cobra melhorias no atendimento psiquiátrico
na capital
Preto cobrou ações mais enérgicas por parte do poder
público, afirmando que a responsabilidade deve ser compartilhada entre os
governos estadual e municipal. “Eu acredito que isso é um ponto muito
importante e vou continuar cobrando e solicitando. Não é fácil lidar com uma
pessoa com problema de saúde. Imagine, além disso, conviver com problemas de
dependência química ou alcoolismo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário