A superlotação no Hospital Monsenhor Walfredo
Gurgel, em Natal, segue alarmante. Na manhã desta sexta-feira (15), de acordo
com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde),
pelo menos 80 pacientes ocupavam os corredores da unidade: 50 no setor de
politrauma e outros 30 no Centro de Recuperação de Operados (CRO).
Imagens captadas dentro do hospital mostram pessoas
em macas pelos corredores, sem a estrutura adequada para o tratamento, enquanto
familiares aguardam respostas e médicos enfrentam dificuldades para atender a
todos.
Um dos casos que exemplifica essa crise é o de
Rogério Soares, de 34 anos, que caiu de um cavalo na zona rural de Santa Cruz,
na última quarta-feira (13). Ele foi transferido para o Walfredo Gurgel em
estado grave e precisa de uma cirurgia e de um leito na UTI. Contudo, há dois
dias, Rogério está no corredor do hospital, aguardando atendimento
especializado.
Segundo Geraldo Neto, diretor do hospital, a
superlotação é agravada pela quantidade de pacientes com casos de baixa
complexidade, que poderiam ser atendidos em unidades básicas de saúde. “É
necessário um pacto entre o estado e os municípios para desafogar o Walfredo.
Estamos sobrecarregados com situações que não são de alta complexidade e acabam
atrasando o atendimento de quem mais precisa”, explicou.
O Sindsaúde alerta que a situação não é isolada e
reflete a falta de investimentos na saúde pública e na descentralização do
atendimento. Enquanto isso, pacientes como Rogério e dezenas de outros
enfrentam a espera, em condições precárias, nos corredores da maior unidade
hospitalar do estado.
Portal da Tropical
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