quarta-feira, 13 de novembro de 2024

TANGARAENSES - RETORNO DE JOSÉ: Justiça concede liminar e criança volta à casa de seus pais em São Francisco do Oeste

 


Nesta terça-feira (12), o desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), concedeu uma liminar favorável que permite que José Augusto, um menino de um ano, retorne à casa de seus pais afetivos em São Francisco do Oeste. A decisão foi comemorada com grande entusiasmo pela família e pela população, que aguardam ansiosos pelo reencontro, especialmente porque o aniversário de José Augusto acontece nesta quarta-feira (13), marcando também o fim de 10 dias de separação entre o menino e seus pais adotivos.

José Augusto foi um dos protagonistas de uma história que tocou profundamente o coração dos potiguares, tornando-se conhecido em todo o Rio Grande do Norte após ser retirado da residência de seus pais afetivos por questões relacionadas ao processo de adoção. A decisão judicial, que ocorreu em meio a uma disputa jurídica sobre a regularização da adoção, gerou grande comoção na cidade e em toda a região, que viu na criança um símbolo de afeto, pertencimento e da luta pelo direito de ser amado.

Carmina e Gerliandio, casal sem filhos, acolheram José Augusto com amor e dedicação desde que souberam da situação da criança. Mesmo após descobrirem que ele não era filho biológico de Gerliandio, eles abriram seus corações e sua casa para cuidar do menino. A mãe biológica de José Augusto, incapaz de cuidar dele, consentiu com a decisão de entrega da criança ao casal. No entanto, o processo judicial foi interrompido após denúncias e uma investigação que levou a justiça a questionar a legalidade da adoção.

O pedido de adoção foi contestado, pois, apesar do afeto e da convivência familiar, a situação não se alinhava aos trâmites legais, e a justiça determinou um exame de DNA que confirmou que Gerliandio não era o pai biológico da criança. Esse diagnóstico resultou na decisão de separar José Augusto de seus pais afetivos, levando-o a um abrigo, e mais tarde, a uma possível nova adoção. Essa decisão judicial gerou protestos e um forte apoio popular, que clama pela consideração do bem-estar emocional e afetivo da criança.

Portal Potiguar



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