O preço da gasolina comum
em Natal continua subindo e já atinge o valor de R$ 6,69, superando a média
observada nas últimas pesquisas divulgadas pelo Procon Natal e pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com essas
pesquisas, o preço médio na capital potiguar varia entre R$ 6,56 e R$ 6,58, o
que coloca o combustível no topo da lista de preços mais elevados do Nordeste.
Na tarde desta
segunda-feira (11), a equipe de reportagem percorreu postos de gasolina nas
zonas Sul e Leste de Natal e encontrou preços de até R$ 6,69 em pelo menos
cinco estabelecimentos. O levantamento realizado pelo Procon Natal, divulgado
na semana passada, apontou uma leve redução nos preços da gasolina comum, que
passou de R$ 6,64 em outubro para R$ 6,56. A gasolina aditivada também teve uma
leve queda, com preços registrados em torno de R$ 6,61. No entanto, o
levantamento mostrou que, em muitas regiões da cidade, os preços permanecem
inalterados.
Na Zona Sul, por exemplo,
79% dos postos mantiveram os valores do mês anterior, seguidos pela Zona Leste
(48%) e outras áreas da cidade, onde a diferença de preços pode chegar a até R$
1,40 por litro. A pesquisa do Procon reforça a importância de pesquisar antes
de abastecer, pois a diferença entre os preços mais altos e mais baixos pode
representar uma economia significativa para os consumidores. No caso do etanol,
por exemplo, a variação de preços chegou a 39%, com o litro sendo
comercializado entre R$ 3,59 e R$ 4,99.
A ANP, em sua pesquisa
realizada entre 3 e 9 de novembro, revelou que Natal possui o preço médio da
gasolina mais alto do Nordeste, ficando atrás apenas de algumas cidades da
Região Norte, como Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Manaus (AM) e Boa Vista
(RR), que apresentam preços ainda mais elevados.
Motoristas têm demonstrado
insatisfação com os altos preços dos combustíveis. Paulo Oliveira, motorista de
aplicativo, de 46 anos, relatou o impacto da alta nos custos diários de
combustível. “Rodo de 200 a 230 km por dia e gasto cerca de R$ 130 com
gasolina. Para ter algum lucro, preciso faturar R$ 300 por dia, o que me obriga
a trabalhar muito, mesmo com cansaço e dor, apenas para cobrir o custo do
combustível. O que sobra é o que preciso administrar para o carro e para mim”,
lamenta o motorista.
Com o cenário de preços
elevados, a orientação dos órgãos de defesa do consumidor é para que os
motoristas fiquem atentos às variações de preços entre os postos e priorizem
aqueles com os menores valores, a fim de minimizar o impacto da alta nos custos
diários de transporte.
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