As estatais federais, estaduais e municipais do
Brasil registraram deficit de R$ 7,4 bilhões de janeiro a setembro de 2024.
Esse foi o maior saldo negativo para o período na série histórica, iniciada em
2012. O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatística Fiscais” nesta
segunda-feira (11).
O deficit de R$ 7,4 bilhões representa uma alta de
258,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve saldo negativo
de R$ 2,06 bilhões. Os dados consideram todas as receitas e despesas das
empresas públicas, mas não contabilizam o lucro líquido da estatal.
O deficit registrado de janeiro a setembro foi
puxado pelas empresas estatais, que tiveram saldo negativo de R$ 4,18 bilhões.
O valor subiu 1.486% em relação a 2023, quando totalizou R$ 263 milhões de
deficit.
Já as estatais estaduais registraram deficit de R$
3,26 bilhões, com alta de 122,3% em relação a 2023.
ESTATAIS DO GOVERNO
Em outubro, o Ministério da Gestão e Inovação
defendeu que o deficit não é o “resultado mais relevante para a avaliação das
companhias”. Disse que o saldo das receitas e despesas primárias ignora os
recursos em caixa, disponíveis de receitas de anos anteriores.
“O resultado primário, nesse sentido, não é uma
medida adequada de saúde financeira da companhia. É comum empresas registrarem
déficit primário mesmo com aumento do lucro se estiverem acelerando seus
investimentos, na expansão/modernização dos negócios”, disse o MGI.
Em 2023, a Casa da Moeda do Brasil, por exemplo,
registrou deficit de R$ 125 milhões, mas o lucro líquido foi de R$ 202 milhões.
Havia sido de R$ 23,4 milhões em 2022.
Poder 360
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