A Polícia Nacional Bolivariana apagou a
publicação que trazia a imagem desfocada que parecia a de Lula à frente da
bandeira do Brasil. Na postagem feita na quinta-feira, 31, no Instagram, a
polícia venezuelana dizia que “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”.
Neste sábado, 2 de
novembro, o post já não aparece mais na conta oficial do órgão venezuelano.
“Nossa Pátria é
independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos
colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer!”, dizia a postagem, na qual
estava marcado o perfil de Diosdado Cabello, ministro do Interior de Maduro que
ameaçou a líder opositora María Corina Machado na quarta-feira, 30.
Essa foi a primeira
menção a Lula em meio à ofensiva retórica da ditadura venezuelana contra o
Brasil. O regime convocou seu embaixador no Brasil na quarta-feira, 30, e
divulgou nota para “manifestar seu mais firme repúdio às recorrentes
declarações intrometidas e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo
brasileiro”.
O Ministério das
Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota para dizer que “o governo brasileiro
constata com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades
venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais”.
Na mensagem, que não
menciona o ditador venezuelano Nicolás Maduro, o Itamaraty diz que “a opção por
ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e
diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro
trata a Venezuela e o seu povo”.
Nos últimos dias, o
regime de Maduro convocou o embaixador venezuelano no Brasil para cobrar
explicações sobre o veto do Brasil à entrada da Venezuela no Brics e chamou o
assessor especial para assuntos internacionais da presidência da República,
Celso Amorim, de “mensageiro do imperialismo norte-americano”.
O Antagonista
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