sábado, 16 de novembro de 2024

Comércio cobra fiscalização e organização no bairro do Alecrim

 


Problema recorrente no principal centro comercial de Natal, o desordenamento e a desorganização nas calçadas e no Camelódromo do Alecrim voltou a ser alvo de críticas e pedidos de providências por parte de empresários e representantes do comércio do Alecrim. Com a chegada das festas de fim de ano, intensifica-se a presença de ambulantes em calçadas e em locais que deveriam ser de passagens de pedestres.

Nas imediações do camelódromo, próximo ao Relógio do Alecrim, é possível observar ambulantes disputando espaço em calçadas e até na rua com venda de diversos tipos de mercadoria, sejam alimentos, roupas, itens eletrônicos e para celulares, entre outros. Alguns deles ocupam calçadas de lojistas, que reclamam da desorganização.

Para o presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), Matheus Feitosa, a desorganização afeta a todos que dependem economicamente do bairro do Alecrim e prejudica consumidores. Ele cita, por exemplo, a falta de acessibilidade em calçadas, prejudicando pessoas com deficiência (PCDs).

“Devido à falta de fiscalização e orientação por parte da Prefeitura ou de qualquer órgão, as pessoas vão chegando e invadindo os espaços públicos, seja na rua ou na calçada, colocando mesa, caixa de isopor, vendendo tudo que se possa imaginar, sem ordenamento, sem informação, sem pagar imposto. Tudo bem que as pessoas na informalidade buscam uma forma de sair dela, buscando seu sustento, mas para isso ela precisa consultar órgão municipal ou estadual e solicitar informações para saber se pode ou não exercer uma atividade naquele local. Por falta dessa informação, muitas vezes esse papel acaba sendo do empresário, a própria Aeba e alguns camelôs e ambulantes tentando orientar algumas pessoas e na maioria das vezes a ação das pessoas é muito brusca”, cita.

“O ideal seria que a prefeitura tivesse um trabalho de acompanhamento para poder verificar e direcionar essas pessoas para locais onde não se crie tumulto, pois o Alecrim tem essas ruas congestionadas devido ao grande número de ambulantes e camelôs de rua, além dos camelôs fixos”, acrescenta o empresário Derneval Junior, dono de uma loja de bolsas e acessórios.

Em outros locais do bairro comercial, chega a ser difícil andar nas calçadas em busca de um produto, aliado a falta de estacionamento do próprio bairro, alvo de diversas cobranças de comerciantes. No calçadão do camelódromo do Alecrim, alguns empresários até conseguem manter os ambulantes longe de suas calçadas, mas outros evitam fazer cobranças por medo de represálias.

Feitosa cita como exemplo a proposta de ordenamento feita no calçadão de Ponta Negra, com utilização de coletes e crachás por parte dos ambulantes e trabalhadores da praia. “Seria um modelo perfeito, porque a prefeitura iria ver quem está lá, cadastrar e coordenar a situação, comunicando as pessoas onde pode e onde não pode. E é interessante que após isso a Prefeitura continue indo permanentemente, porque não adianta organizar sem ter monitoramento, uma presença”, acrescenta.

Em nota, a Secretaria de Serviços Urbanos de Natal (Semsur) disse que a pasta está fazendo vistorias nos camelódromos do Alecrim e Cidade Alta para analisar a viabilidade de um projeto de reestruturação desses equipamentos.

“Além disso, a Semsur tem equipes de fiscalização trabalhando diariamente no ordenamento e que estudando um meio de otimizar mais esse trabalho para que, desta maneira, o resultado do ordenamento seja benéfico para ambulantes, consumidores e moradores do bairro do Alecrim”, apontou em nota.

 

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