A irmã de Luane Costa da
Silva, de 27 anos, mulher trans encontrada morta no quatro de um motel em
Santos, no litoral de São Paulo, acredita que o pastor e engenheiro de 45 anos,
suspeito de cometer o crime, mentiu durante o depoimento à polícia.
O corpo de Luane foi
encontrado pela polícia na quarta-feira (23). O homem, que não teve a
identidade revelada, foi preso no mesmo dia, dentro do estabelecimento.
Para a polícia, o suspeito
contou que contratou os serviços de Luane, que era profissional do sexo, e
descobriu que ela era uma mulher trans ao chegar no quarto. Ele relatou que foi
extorquido pela vítima ao desistir do “programa” e que foi ameaçado com uma
arma de choque.
O pastor ainda disse que
chegou a fazer duas transferências bancárias via PIX, no valor total de R$ 200,
porque temia que Luane contasse à esposa dele sobre a traição. Ele é casado há
mais de 25 anos e pai de três filhos.
A irmã de Luane desconfia
da versão apresentada pelo investigado. “Eles sempre vão dar essa versão de
dizer que pensou que era mulher. Eles sempre procuram a gente na noite e depois
vêm com essa versão. Fazem o ato, o acontecimento, depois vêm com essa versão
de casado, de pensar que era mulher e é tudo mentira”, afirmou Myllena Rios,
que também é uma mulher trans.
“Ele saiu com ela de um
ponto que ficam travestis e mulheres trans. Tudo que aquele homem miserável
contou é mentira, dá para ver”.
Segundo Myllena, Luane viajou para Santos no dia 15 de outubro, acompanhada do
marido, para procurar um apartamento para morar na cidade. A ideia era que
Myllena e o companheiro se juntassem ao casal no fim do mês.
A previsão é de que o
corpo da vítima chegue em Salvador às 13h desta sexta-feira (25) e seja
encaminhado para Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, onde a vítima
nasceu. O velório e sepultamento devem acontecer no sábado (26), contudo, os
horários ainda não foram definidos.
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