A dívida pública bruta do Brasil atingiu 74,4% do
PIB em setembro, ficando acima da expectativa de 74,3%. O rombo primário do
setor público consolidado também ficou acima do esperado, chegando a R$ 18,07
bilhões.
A dívida líquida ficou em 60%, abaixo da expectativa
de 60,2%.
O governo central foi o principal responsável pelo
rombo primário, com um resultado negativo de R$ 16,506 bilhões. Os estados e
municípios registraram déficit de R$ 1,065 bilhão, e as empresas estatais
tiveram rombo de R$ 500 milhões.
Esse resultado vai na contramão das promessas de
redução da dívida feitas pelo governo. De acordo com as novas regras fiscais,
sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de agosto, a meta
para 2023 é de déficit primário de 0,5% do PIB.
No acumulado de janeiro a setembro, as contas
públicas registraram déficit primário de R$ 97,08 bilhões. No mesmo período de
2022, as contas públicas haviam registrado superávit de R$ 130,80 bilhões.
A projeção do Ministério do Planejamento e Orçamento
para o déficit primário em 2023 está em R$ 141,4 bilhões (1,3% do PIB),
considerando só as contas do governo central.
Para o ano que vem, o governo ainda discute o alvo.
Há duas semanas, a equipe econômica estava unânime na defesa da meta de zerar o
rombo fiscal em 2024. Após falas de Lula sobre a dificuldade desse compromisso,
o governo discute internamente uma mudança de alvo, que pode ficar em déficit
de 0,50% do PIB.
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