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O ex-presidente Michel
Temer (MDB), que governou o Brasil entre os anos de 2016 e 2018, após o
impeachment de Dilma Rousseff (PT), disse que o presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) deveria convocar o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu
concorrente derrotado nas eleições de segundo turno, para “auxiliar no novo
governo”.
“Eu compreendo bem as
angústias do presidente eleito, mas, ao invés de fazer críticas ao atual,
deveria chegar e dizer: ‘peço a sua colaboração’. Chamá-lo, até: ‘venha
governar comigo, auxiliar no governo, conversar, reconstruir o Brasil”, disse
Temer.
As declarações do
ex-presidente foram feitas na abertura do evento Lide Brazil Conference, em
Nova York. O evento foi promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide),
fundado pelo ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e
contou com a participação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que
foram hostilizados por bolsonaristas.
“Quando eu falo em
pacificação do país, não é porque eu particularmente queira pacificá-lo, mas
porque eu sou servo da Constituição Federal, e é a Constituição Federal que
prega a ideia de paz”, completou o emedebista, afirmando que o país tem
“ignorado o texto constitucional” ao ser cenário de diversos episódios de
violência política.
“A polarização está no
campo do embate de ideias, e por isso é útil ao país. O que temos assistido
aqui é à radicalização.”
Durante seu discurso, o
ex-presidente também comentou que “toda vez que há desarmonia entre os Poderes,
há inconstitucionalidade” e que “a ideia do autoritarismo, por confrontar a
Constituição, gera intranquilidade absoluta no país”.
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