Com informações do Metrópoles
A 33ª DP de Realengo apura um caso envolvendo alunos
do campus Realengo do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Adolescentes
matriculados no ensino fundamental estariam envolvidos em uma sessão de sexo
grupal, e o assunto tomou conta das redes sociais.
O tradicional colégio carioca se pronunciou e disse
ter aberto um processo administrativo e disciplinar para esclarecer os
detalhes. De acordo com o comunicado, inspetores receberam a denúncia de ato
libidinoso entre alunos dentro do campus na terça-feira (13/9).
“Após levantamento inicial, foram identificados 8
estudantes do campus que supostamente estariam envolvidos na realização do ato
indisciplinar”, informa o colégio. Todos foram suspensos por cinco dias pela
gravidade dos fatos narrados e o Conselho Tutelar foi notificado para iniciar o
atendimento das famílias.
Informações sobre os alunos não foram divulgadas
“principalmente em função do envolvimento de menores, mantendo a lisura na
apuração e o devido sigilo”. A escola ressaltou que devido à “deterioração
orçamentária” nos últimos anos, tem lutado pela contratação de mais monitores
para o tamanho do campus.
Veja a nota completa da instituição:
A Reitoria do Colégio Pedro II vem à público se
manifestar sobre as atitudes indisciplinares protagonizadas por um grupo de
estudantes do Campus Realengo II.
Esclarecemos que, diante da gravidade dos fatos, foi
encaminhado processo administrativo à Procuradoria Federal/CPII, para análise
acerca da instauração de sindicância investigativa, com vistas à apuração de
responsabilidade funcional.
No que diz respeito às questões pedagógicas e
disciplinares relacionadas aos discentes as medidas cabíveis estão sendo
tomadas pela Direção-geral do Campus Realengo II.
Apresentamos abaixo o comunicado oficial da
Direção-geral do Campus Realengo II sobre o incidente:
Prezada comunidade escolar,
As atitudes inadequadas e desrespeitosas realizadas
por um pequeno grupo de estudantes no campus não podem, nem devem, serem usadas
para macular a imagem dos demais estudantes, tampouco do trabalho árduo e
importante dos servidores dessa instituição.
Vinculações em redes sociais e em alguns canais de
comunicação de mensagens e imagens, sem a devida checagem, não só prejudicam a
apuração correta dos fatos, como também expõem menores a situação vexatória.
A Direção-Geral não comenta ou realiza qualquer tipo
de divulgação sobre apuração de atos indisciplinares, mantendo o devido sigilo
e dignidade de menores e da garantia de ampla defesa e presunção de inocência,
aplicando as devidas sanções disciplinares previstas no Código de Ética
Discente ou, quando observada comportamentos de caráter ilegal, as ações
previstas em lei.
Assim, visando dar esclarecimentos iniciais, sem
prejuízos às apurações internas, informamos que no dia 13/09 a equipe de
assistentes de alunos (inspetores) recebeu a informação de uma ocorrência, com
ato libidinoso, entre estudantes no interior do campus.
Após o levantamento inicial, foram identificados 8
estudantes do campus que supostamente estariam envolvidos na realização do ato
indisciplinar.
Tão logo a Direção recebeu a denúncia, foi aberto
processo disciplinar (23785.000707/2022-55), conforme previsto nas normativas
institucionais, visando a correta apuração e a definição das ações
disciplinares mais adequadas, à luz do nosso código de ética discente. Porém,
em função da gravidade, foi determinada a suspensão imediata, por 5 (cinco)
dias letivos, dos(as) estudantes envolvidos até a conclusão do processo.
Foi solicitado ao SOEP que procedesse com o ofício
de notificação ao Conselho Tutelar e a realização do atendimento a todas as
famílias envolvidas, ações já em desenvolvimento.
Considerando a não existência de materialidade, até
o início da apuração da denúncia, a Direção não emitiu nenhuma forma de
comunicado ou realizou qualquer tipo de exposição sobre o caso, principalmente
em função do envolvimento de menores, mantendo a lisura na apuração e o devido
sigilo.
Infelizmente não temos controle pela proliferação
nas redes sociais e consideramos desrespeitosa e absurda o uso de nomes ou
imagens de estudante menores, como já descrito nesse comunicado.
Sobre as novas regras de convivência e sanções no
campus, houve a necessidade de desenvolver estratégias que visassem melhoria na
segurança de todas e todos com objetivo de evitar que, durante a apuração,
ações de distração pudessem ocorrer. Já estamos planejando uma reunião com as
representações estudantis, a associação de responsáveis e representantes dos
servidores para novas e adequadas ações. Por hora, manteremos um novo controle
até a finalização do processo.
Por fim, informamos que lutamos pela ampliação do
efetivo de assistentes de alunos e, na impossibilidade deste, solicitamos a
ampliação do quadro de porteiros e o contrato de novas funções, como a de
monitor de pátio. Destacamos que a deterioração orçamentária, ao longo dos
anos, está completamente em desalinho ao que seria mais adequado ao tamanho do
campus, inviabilizando ações de melhoria de controle, como mais câmeras de
monitoramento.
Direção-Geral do Campus Realengo II

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