quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Em carta ao Papa, Lula admite temor de 2º turno

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou, na terça-feira (20), uma carta ao papa Francisco na qual admite temor de segundo turno nas eleições do dia 2 de outubro. A existência do documento foi revelada pelo vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), que gravou vídeo informando sobre a carta e que ficou com a função de entregá-la. Em um trecho da missiva, Lula teria escrito que a "batalha está longe de terminar". "Além dos 12 dias de campanha que nos restam nesse primeiro turno, temos todos os riscos de um eventual segundo turno e depois a necessidade, em caso de vitória, de assegurar nossa posse", diz a carta.

Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Suplicy descreve o conteúdo da carta. O vereador irá acompanhar uma delegação de brasileiros que participarão da conferência global Francisco e Clara, na Itália. O evento será de 22 a 24 de setembro e reúne jovens focados nas mudanças do modelo econômico vigente no mundo.

Antes do embarque, Suplicy gravou um vídeo comentando sobre a viagem e o projeto de renda básica. Lula dá início a carta chamando Francisco de amigo. O candidato do PT também agradeceu a carta que o pontífice enviou, enquanto estava preso em Curitiba. Eis o início da carta: “Querido Amigo Papa Francisco. É com muito respeito e carinho que lhe escrevo neste momento. Minha primeira palavra é de gratidão por seus gestos inesquecíveis da carta que me enviou quando estava na prisão e pela recepção calorosa com que me brindou na Santa Sé.”

Em outro trecho, Lula afirma que seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), é um “homem íntegro e religioso”. “A começar da escolha do candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, que foi meu adversário em 2006, homem íntegro e religioso, buscamos superar todas as diferenças políticas e ideológicas, para construir esta vitória que, se Deus quiser será de todo o povo brasileiro, mas especial-mente dos mais pobres e sofridos.”

Em 2020, Lula visitou o papa Francisco no Vaticano, a convite do pontífice. A ida foi intermediada pelo presidente argentino, Alberto Fernández

 

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