O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN)
denunciou oito pessoas por tráfico interestadual de drogas, após a deflagração
da operação Conexão Floripa, em 21 de outubro. A
ação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no estado e em Santa
Catarina, Ceará e Mato Grosso do Sul.
De acordo com as investigações do MP, o grupo
utilizava a viagens de avião para introduzir drogas em Natal e outras capitais
do Nordeste, como Fortaleza, João Pessoa e Recife. O MP ainda apurou que o
tráfico se intensificou no período da pandemia da Covid-19, com o enfraquecimento
do movimento dos aeroportos e fechamento das fronteiras terrestres com outros
países da América do Sul.
Um homem apontado como o líder da organização
criminosa foi denunciado por custear o tráfico de drogas, por associação para o
tráfico e por organização criminosa. Ele está foragido.
Além do homem, também foram denunciados por tráfico de
drogas, associação para o tráfico e organização criminosa: duas mulheres presas
no Rio Grande do Norte; um suspeito preso preventivamente em Santa Catarina;
outras três mulheres presas em Fortaleza, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina e
um outro suspeito foragido.
O MPRN também afirmou que uma das mulheres assumia
posição de liderança ao lado do custeador do tráfico. Um casal de irmãos eram
os responsáveis por providenciar as drogas, ainda em Santa Catarina, e
prepará-las nas malas a serem encaminhadas pelas mulas ao despacho nas
companhias aéreas.
Ainda de acordo com os promotores já há provas que
mulheres foram angariadas pela organização criminosa para trabalharem como
“mulas”, sendo contratadas pelo grupo para transportarem bagagens contendo
drogas de Florianópolis, capital catarinense, para o Nordeste.
Somente em 2020, pelo menos cinco apreensões de drogas
são atribuídas ao grupo. Em todos os casos, as passagens aéreas das mulas foram
compradas pela organização criminosa.

Nenhum comentário:
Postar um comentário