CNN BRASIL
Flagrado com dinheiro na cueca pela Polícia Federal, o
senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR) responde na Justiça Federal por
crimes como ocupação de terras públicas e fraude em licitação.
Levantamento feito pela CNN encontrou
sete ações em andamento que citam o senador (a relação não inclui processos
eleitorais). Ele foi excluído de uma das ações por conta de um erro no
processo: a denúncia feita pelo Ministério Público Federal foi recebida pela
Justiça antes de ter sido autorizada pela Assembleia Legislativa de Roraima (na
época, Rodrigues era vice-governador e a licença é exigida pela Constituição
estadual).
A mulher do senador, Selma Maria Ferreira Rodrigues,
continua como ré no processo, acusada de invasão de terras públicas. Ela
recorreu ao Supremo Tribunal Federal para ser excluída da ação, mas não obteve
sucesso.
Há outros três processos relacionados a questões de
ocupação de terras. Um deles é movido pelo Incra, Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária.
A maior parte das ações corre em segredo de Justiça, o
que dificulta a obtenção de detalhes sobre seus andamentos. O extrato de um dos
processos informa apenas que se trata de investigação em torno de fraude em
processo licitatório.
Em 2017, o MPF recorreu contra uma absolvição de
Rodrigues, acusado de desviar verba de R$ 1 milhão que era destinada ao plantio
de café no município de São Luiz do Anauá (RR).
Os recursos foram obtidos por emenda parlamentar
proposta pelo próprio Rodrigues, então deputado federal. Ele foi absolvido na
primeira instância da Justiça Federal por falta de provas.
Oito pessoas, acusadas de terem atuado em conluio com
o hoje senador chegaram a ser condenadas em outro processo relacionado ao caso.
A empresa beneficiada com a verba federal pertencia a parentes de Rodrigues.
A investigação começou em 2010, quando o Supremo
Tribunal Federal aceitou denúncia contra o então deputado. Por conta da
legislação que prevê prerrogativa de foro para ocupantes de determinados cargos
públicos, o processo ainda passou pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo
Tribunal Reginal Federal da 1ª Região, onde agora tramita o recurso do MPF.

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