sexta-feira, 11 de setembro de 2020

'Não existe alívio', diz mãe de jovem morto aos 18 anos após apreensão do suspeito de matá-lo

 

Paula Lima, mãe do jovem Arthur Lima de Oliveira

“Não existe alívio". A frase é de Paula Lima, mãe do jovem Arthur Lima de Oliveira, morto aos 18 anos, em setembro do ano passado em Natal, ao resumir a apreensão, nesta quinta-feira (10), do adolescente de 17 anos suspeito de ter atirado e matado o filho dela.

"A gente fica mais tranquilo sabendo que ele não vai estar aqui fora, porque o que ele fez com a gente, ele pode fazer com outras pessoas. Outra família pode passar o que a gente está passando. Então, nesse sentido, a gente se sente um pouco em paz, mas o sentimento a gente revive", falou ela à Inter TV Cabugi.

crime aconteceu há quase um ano, no dia 18 de setembro de 2019, no bairro Alecrim, na Zona Leste de Natal. Dois criminosos assaltaram uma loja de celulares e após o crime, tentaram fugir, mas foram perseguidos por pessoas do bairro. Arthur Lima de Oliveira, que auxiliava o pai em um comércio vizinho à loja roubada, tentou ajudar, ao lado de outros populares, a pegar o bandidos. Em meio à corrida, ele foi alvo de um disparo e morreu no local.

"Até hoje a gente se pergunta porque que ele fez isso, porque Arthur não era de briga. Ele não era disso. No momento todo mundo correu, muita gente correu, tinham muitos outros com ele. Então, imaturidade...Ele correu naquele momento, infelizmente", lamentou a mãe.

O segundo suspeito do crime, um adolescente de 17 anos, foi apreendido nesta quinta-feira (10) pela Polícia Civil no Paço da Pátria, em Natal. O outro criminoso, Eudes Leonardo de Lima, que confessou o crime, foi condenado a 26 anos de prisão. Preso no dia do crime, ele chegou a fugir da viatura da polícia em diligência para encontrar o comparsa, mas foi recapturado dois dias depois.

Segundo Paula, o filho tinha o sonho de estudar e morar fora do Brasil, justamente por achar o país muito inseguro. "Ele sempre dizia isso. Ele dizia que o Brasil era muito perigoso e por esse motivo ele tinha muita vontade de morar fora".

Prestes a completar um ano sem o filho, ela diz que a saudade não alivia. "Arthur era nosso filho único, só temos ele. É muito difícil. Pra gente, o tempo parou naquele dia da morte dele. O sentimento é de dor, perda, angústia. O tempo vai passando e a saudade vai chegando. Dói tanto quanto a perda no dia, quando nós ficamos sabendo".

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário