A Petrobras pediu licenciamento para instalar uma
torre de energia eólica offshore, ou seja, no mar, no Rio Grande do Norte. A
estrutura deverá ser construída a cerca de 20 quilômetros da costa potiguar, no
campo de Ubarana, em Guamaré.
O pedido pelo licenciamento prévio e de instalação foi
feito ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) no início de outubro. Até esta quarta-feira (4), porém,
ainda não houve resposta do órgão.
Procurada pelo G1, a estatal não respondeu
perguntas sobre o investimento. Apesar do pedido de licenciamento, o campo de
Ubarana está no plano de desinvestimentos da empresa no estado.
De acordo com Sérgio Godinho, diretor da empresa
Veritas Engenharia, responsável pelos estudos ambientais relacionados à
instalação da torre eólica, a energia produzida pela torre será usada no
abastecimento da plataforma da empresa no campo de Ubarana 3, a PUB-3.
A estrutura será montada em uma área com profundida de
15 metros, aproximadamente. O valor do investimento e a produção da torre
específica não foi informada.
"Em termo de custo, é maior sim, mas a capacidade
de produção também é maior, porque existem menos limitadores. Quando se falar
em produção offshore, é mais fácil transportar a estrutura no mar do que nas
estradas, por exemplo. Isso permite que seja usada uma estrutura mais robusta.
No mar, uma torre pode ter capacidade de 10 mw, enquanto, em média, em terra,
uma torre produz 4 mw", explicou.
Em agosto do ano passado, a Petrobras anunciou a
implantação da primeira planta offshore, no Brasil, até 2022. A informação
também foi destaque de uma matéria que o G1 publicou em março,
sobre os 10
anos do primeiro leilão para compra de energia eólica no país,
completados em 2019.
"A escolha da região não é casual: considerando
também o Ceará, o potencial eólico offshore dos dois estados é de cerca de 140
GW (gigawatts). Isso equivale a mais de dez vezes a capacidade — e 90% da
potência total — instalada hoje no Brasil", informou a empresa, na época
do anúncio, em 2018.
O país ainda não tem um marco regulatório que defina
as regras para produção, compra e venda da energia eólica offshore. Uma
proposta ainda está em fase de análise e discussão, segundo o Centro de
Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).
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