sábado, 19 de julho de 2025

Safra de algodão impulsiona economia rural do RN

 


Os primeiros dados de junho de 2025 revelam um contexto promissor para a produção de algodão no Rio Grande do Norte. A recente portaria do Ministério da Agricultura (Portaria SPA/MAPA nº 300, de 4 de junho), que aprova o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura no estado na safra 2025/2026, oferece um ambiente mais seguro para o plantio, delineando períodos e áreas com menor vulnerabilidade a variações climáticas.

A “Operação Rally da Safra” para o algodão também entrou em campo no mês de julho em todo o Brasil, com diagnósticos sobre condições de lavouras e desafios no desenvolvimento da fibra, ainda que foquem mais na região Centro-Oeste, que produz 90% da safra nacional. Em paralelo, o panorama nacional mostra que, até meados de junho, a Conab registrou 2,8% da área plantada nesse ciclo colhida, com ritmo um pouco abaixo do ano anterior.

Embora os principais produtores sejam Mato Grosso, Goiás e Piauí, o Nordeste, e em especial o Rio Grande do Norte, já apresenta sinais de fortalecimento, especialmente na agricultura familiar e agroecológica. No Seridó potiguar, por exemplo, produtores já começam a colher algodão 100% agroecológico, fomentado por projetos como o Agro Sertão apoiado por Sebrae-RN e Embrapa que resultou em produtos têxteis feitos com essa fibra.

Dados mais amplos destacam que o Brasil caminha para uma safra recorde de algodão em caroço, estimada em 9,3 milhões de toneladas após avanço de 5,3% na produção até junho, de acordo com o IBGE 

No Nordeste, a expectativa é ainda maior: salto de 16,2% no volume, com a região produzindo cerca de 942,7 mil toneladas também marca histórica.

No Rio Grande do Norte, com a participação de mais de 150 agricultores no Agro Sertão e reforço de políticas climáticas e técnicas, a tendência é de crescimento continuado. O preço mínimo do algodão para a safra 2025/26 foi mantido em R$ 114,58 por arroba, proporcionando uma base de remuneração estável para os produtores.

Com isso, a produção de junho reflete um cenário que alia tecnologia, organização e políticas públicas, colocando o RN em posição de destaque no fortalecimento da cultura do algodão — especialmente nos segmentos sustentável e agroecológico. A colheita segue ao longo dos próximos meses, com observação atenta às chuvas e condições climáticas em áreas aptas definidas pelo ZARC.

 

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