sábado, 19 de julho de 2025

Governo Trump revoga vistos de Alexandre de Moraes, “aliados” dele no STF e seus familiares

 


O governo de Donald Trump anunciou nesta sexta-feira, 18, a proibição de entrada nos Estados Unidos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), seus familiares e “seus aliados” na corte.

A medida foi adotada após o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do ex-presidente terem se deslocado a Washington em busca de sanções contra o ministro.

O anúncio foi realizado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em suas redes sociais. “Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos imediatamente”, afirmou Rubio.

Na postagem, o secretário argumentou que o STFrealiza uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Bolsonaro e alegou que o tribunal viola direitos fundamentais não apenas dos brasileiros, mas também dos cidadãos americanos. A declaração de Marco Rubio também foi publicada no site do Departamento de Estado dos EUA.

Desde o governo Bolsonaro (2019-2022), Moraestornou-se um dos principais opositores do ex-presidente e seus aliados. Ele foi o responsável por relatar os principais inquéritos que investigaram bolsonaristas e presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições presidenciais de 2022, vencidas por Lula (PT).

A pressão sobre o governo dos Estados Unidoscomeçou a ter efeitos em 9 de julho, quando Trump anunciou a imposição de tarifas adicionais ao Brasil, justificando que Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido pelo STF com a colaboração do presidente Lula.

A família Bolsonaro condicionou o fim das sobretaxas à aprovação no Congresso de uma anistia ampla para livrar da prisão e das condenações os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro e aqueles acusados de tentar impedir a posse de Lula em 2022.

Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 devido a condenações na Justiça Eleitoral , é considerado o principal responsável pela trama, que deve ser julgada ainda neste ano.

Se condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça grave ao patrimônio público, além de deterioração do patrimônio tombado, Bolsonaro pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.

 

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