O governo de Donald
Trump anunciou nesta sexta-feira, 18, a proibição de entrada nos Estados
Unidos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal
Federal), seus familiares e “seus aliados” na corte.
A medida foi adotada após
o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do
ex-presidente terem se deslocado a Washington em busca de sanções contra o
ministro.
O anúncio foi realizado
pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em suas redes sociais. “Ordenei a
revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para
familiares diretos imediatamente”, afirmou Rubio.
Na postagem, o secretário
argumentou que o STFrealiza uma “caça às bruxas política” contra o
ex-presidente Bolsonaro e alegou que o tribunal viola direitos fundamentais não
apenas dos brasileiros, mas também dos cidadãos americanos. A declaração de
Marco Rubio também foi publicada no site do Departamento de Estado dos
EUA.
Desde o governo Bolsonaro
(2019-2022), Moraestornou-se um dos principais opositores do ex-presidente
e seus aliados. Ele foi o responsável por relatar os principais inquéritos que
investigaram bolsonaristas e presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas
eleições presidenciais de 2022, vencidas por Lula (PT).
A pressão sobre o governo
dos Estados Unidoscomeçou a ter efeitos em 9 de julho, quando Trump
anunciou a imposição de tarifas adicionais ao Brasil, justificando que Jair
Bolsonaro estaria sendo perseguido pelo STF com a colaboração do presidente
Lula.
A família Bolsonaro
condicionou o fim das sobretaxas à aprovação no Congresso de uma anistia ampla
para livrar da prisão e das condenações os envolvidos nos ataques golpistas de
8 de janeiro e aqueles acusados de tentar impedir a posse de Lula em 2022.
Jair Bolsonaro, inelegível
até 2030 devido a condenações na Justiça Eleitoral , é considerado o
principal responsável pela trama, que deve ser julgada ainda neste ano.
Se condenado pelos crimes
de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado
democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e
ameaça grave ao patrimônio público, além de deterioração do patrimônio tombado,
Bolsonaro pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.
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