quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PARNAMIRIM - Mulher perde bebê aos 7 meses de gestação e denuncia negligência no atendimento

 


Uma mulher perdeu o bebê, uma menina, aos sete meses de gestação. Karolaine Soares denuncia negligência médica no atendimento na Maternidade Divino Amor, em Parnamirim. O caso aconteceu na semana passada, mas a operadora de caixa fez uma denúncia em entrevista à TV Tropical nesta terça-feira (25).

Ela mora no bairro Parque Industrial e conseguiu a unidade de saúde da localidade após sentir dores enquanto trabalhava, na segunda-feira da semana passada, dia 17. Segundo o relato, no posto de saúde, ela foi orientada a procurar a maternidade para realizar uma ultrassonografia de urgência.

Foi aí que os problemas surgiram. "No posto, o máximo que conseguiu foi ouvir o coração dela e ela ainda estava com vida. Os quartos eram normais. A médica mandou procurar a maternidade para fazer o ultra e saber se estava tudo bem. Só me aconselharam. Assim, eu fiz. Saí de lá, fui para a maternidade. Quando fui atendido, eu pedi a ultra de urgência para a médica. Mas ela disse que não seria possível realizar, apenas faria um toque", contou a mulher.

Karolaine disse ainda que não estava sangrando no momento em que procurou o atendimento. No entanto, tudo mudou depois do exame realizado pela médica. "Eu não estava sangrando, não estava perdendo líquido nem a bolsa tinha estourado. Eu pedi pela segunda vez e ela não quis dar a ultra. Ela fez o toque. Logo após o toque, eu comecei a sangrar. Perguntei se era normal, ela disse que era, que apenas iria me dar Dipirona na veia e pediu para eu realizar um exame de urina e de sangue", acrescentou.

Também houve problemas no exame solicitado pela médica. Além disso, ela foi orientada a ir para casa mesmo com o sangue. "Quando eu cheguei no laboratório, eles não aceitaram o exame de urina porque eu estava sangrando. Eu retornei para a médica, já era outra, ela me liberou para casa. Eu perguntei novamente se era normal. Ela disse que era. Pediu para eu ir para casa, esperar o sangramento passar para eu voltar no outro dia com a coleta de urina", detalhou.

"Vim para casa, continuei com dor, com a barriga contraída e eu não senti minha filha confusa. Quando eu fui na segunda-feira, ela escutou o coração da minha filha. Ela ainda estava viva. Eu fui na terça-feira, entreguei a urina mesmo com sangue e eles me disseram que eram 2h30 para entregar o resultado", disse.

A situação contínua delicada e caminha para o pior. "Voltei para a casa da minha mãe. Quando cheguei em casa, o sangue não controlou mais. Eu comecei a sangrar muito. Meu pai me socorreu. quando cheguei lá, que fui para a cesária de urgência, minha filha já estava sem vida", falou bastante emocionada.

Agora, Karol e sua família se perguntam por que a médica não solicita ultra de urgência. Para eles, a realização do exame talvez tenha mostrado o problema e feito a diferença no final da história. "Eu perdi minha filha. No laudo acusou que a causa da morte foi descolamento prematuro de placenta. Se ela tivesse feito uma ultra, ela teria visto que eu estava com a placenta descolada", encerrou.

A Prefeitura de Parnamirim, que administra o hospital, se pronunciou por meio de nota. Confira o texto na íntegra:

De acordo com o prontuário, o paciente chegou ao HMDA por volta das 14h. Foram solicitados exames para a verificação do estado da mãe e do bebê, mas a paciente não quis aguardar, e foi embora por volta das 17h. Isso ocorreu na segunda última segunda (17). 

No dia seguinte um paciente retornou com sangramento e foi encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico, porém o bebê já teve óbito por motivo de descolamento de placenta.

 Portal da Tropical

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