Delegada-geral do Estado, Ana Claudia Saraiva
Gomes
A Polícia Civil
do Rio Grande do Norte espera lançar o novo edital para contratar agentes,
delegados e escrivães no início do segundo semestre do ano. A delegada-geral do
Estado, Ana Claudia Saraiva Gomes, revelou nesta terça-feira, 23, que o
processo se encontra na fase de escolha da banca examinadora para o certame.
A comissão organizadora do
concurso para Polícia Civil trabalha no processo desde fevereiro deste ano. O
grupo é formado por cinco servidores da Secretaria Estadual de Administração e
Recursos Humanos (Searh) e quatro delegados da Polícia Civil.
“Atualmente, o concurso está
na de escolha da empresa que irá realizar as provas. A nossa meta é que o novo
edital seja lançado no início do segundo semestre”, ressaltou a delegada Ana
Cláudia Saraiva, durante entrevista ao programa “Patrulha Agora”, apresentado
por Genésio Pitanga, na rádio Agora FM.
O processo de contratação de
novos agentes de segurança deveria ter acontecido em 2018, mas o concurso foi
revogado ainda em setembro do ano passado. O Ministério Público do Rio Grande
do Norte (MPRN) encontrou diversas irregularidades na condução do certame.
O ingresso de novos policiais
ajudaria na redução do crônico problema de déficit de pessoal da polícia. O
atual efetivo no estado é de cerca de 1,4 mil agentes, segundo dados do
Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado do Rio
Grande do Norte (Sinpol). No entanto, a entidade aponta que o ideal seria um
contingente de 5.150 de servidores, o que configura déficit de 3,7 mil pessoas.
A expectativa da Polícia
Civil potiguar é obter, no mínimo, 302 vagas de servidores. Serão chamados 41
delegados, 26 escrivães e 235 agentes de polícia. “A chegada de novos agentes
nos ajudará no combate mais efetivo da criminalidade”, diz Ana Cláudia Saraiva.
Apesar do atual quadro de
déficit de profissionais, a segurança pública potiguar comemora os números
obtidos nos primeiros quatro meses do ano. Houve redução em diversos índices de
violência em todo o Rio Grande do Norte. O principal resultado foi a queda de
33% no número de Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLI) – homicídios,
latrocínios e agressões seguidas de morte. Em 2018, o RN registrou 371
ocorrências deste tipo, sendo 180 casos a menos do que no ano anterior.
“O sucesso das ações acontece
em razão da integração de todas as forças policiais do Estado. Temos realizado
medidas contínuas para traçar ações de combate da criminalidade”, reforça Ana
Cláudia Saraiva.
Segundo dados da Polícia
Civil, o número de prisões efetuadas no Estado aumentou 14% no primeiro
trimestre de 2019 em comparação com 2018. Ao todo, pelos mais diversos delitos,
foram presas 256 pessoas. Um dos motores do aumento de efetividade da Divisão
Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foram presas 43 pessoas
envolvidas em assassinatos nos três primeiros meses do ano. Em 2018, no mesmo
período de tempo, o número foi de 14 prisões.
“Estamos monitorando as áreas
mais violentas do Estado. E este é um trabalho que precisa ser feito entre a
área de investigação e as estatísticas criminais, pois a investigação, com o
apoio da perícia, é umas das mais importantes ferramentas para o combate da
criminalidade”, encerra.
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