O Rio Grande
do Norte deve perder 142 médicos cubanos que participam do programa social Mais
Médicos no Brasil. O Ministério da Saúde de Cuba divulgou, nesta quarta-feira
(14), a decisão de não fazer mais parte do projeto porque
que as mudanças anunciadas pelo novo governo brasileiro descumprem as garantias
acordadas desde o início do projeto, há cinco anos.
De acordo
com assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde Pública, ao todo,
282 médicos estão em atividade no RN através do Programa Mais Médicos. Destes,
142 são cubanos e atuam em 67 municípios do RN.
Para sanar a
deficiência de médicos na rede pública com a saída dos cubanos o Estado
pretende se articular com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde para
discutir quais estratégias serão criadas para cobrir esses vazios.
Em nota, o
Governo de Cuba afirmou que considera que a ideologia do presidente eleito do
Brasil em 2018, Jair Bolsonaro, ameaça a integridades dos profissionais
cubanos. E também não admite que o gestor questione a preparação dos médicos
para condicionar a permanência deles no programa.
Já o
presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, através de uma rede
social, que o governo cubano não aceitou as condições estabelecidas para
manter o programa Mais Médicos. “Condicionamos a continuidade do programa Mais
Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais
cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem
suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, justificou.
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