Pelo menos
25 alunos do curso de formação de praças do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do
Norte, iniciado na semana passada, precisaram ser socorridos a unidades de
pronto-socorro de hospitais de Natal e Parnamirim. A maioria, pelo menos 20,
foi levada neste sábado (15) para o Hospital da Polícia Militar. Segundo a
Associação do Bombeiros Militares do RN (ABM-RN), foram casos de desidratação e
queimaduras. Participam do curso cerca de 90 alunos. Destes, 20 são mulheres.
Em nota, a
assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros disse que os episódios foram
pontuais e já estão sendo sanados pelo Corpo de Alunos. Disse também que o
curso segue com a mesma rotina, "com o intuito de forjar profissionais de
excelência que possam atender à sociedade potiguar da melhor forma
possível", e que "toda vez em que um aluno não se sentir em plenas
condições físicas, será encaminhado a um profissional de saúde para
avaliação".
Na nota, o
capitão Natanael Avelino, comandante do Corpo de Alunos, afirma que "o
curso está transcorrendo na mais absoluta normalidade e dentro dos limites do
respeito à dignidade do ser humano, da observância integral dos princípios
militares e, principalmente, da maior aproximação possível da realidade vivida
pelos bombeiros militares de nosso estado". E acrescenta: "Como bombeiros
precisamos desenvolver valências como: agilidade com fins ao pronto-emprego,
rapidez no atendimento da vítima, operacionalidade, capacidade de controle
emocional e psicológico, entre outros. Já como militares, precisamos aprender a
empregar a ordem, o respeito, o pundonor militar, a disciplina, a hierarquia, a
coragem, a lealdade, a abnegação, a camaradagem e o vigor físico".
Já o
presidente da ABM-RN, cabo Dalchem Viana, cobra explicações: “É preciso
averiguar a situação em que se deram esses casos, de modo que tudo transcorra
dentro do aceitável para o treinamento bombeiro militar. As denúncias que nos
chegam são de casos de alunos que ficam tempo demais expostos ao sol, causando
queimaduras de até de segundo grau. Também de alunos que estão desidratados,
sem o consumo de água suficiente. E ainda há casos de alunos que, para suprir
essa carência, estão ingerindo água da torneira, o que vem causando diarreia em
muitos deles”.
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