Depois de
Manuela D’Avila (PC do B) se aliar ao PT na disputa presidencial, o candidato a
presidente Guilherme Boulos (PSOL) disse nesta terça-feira (7) ter divergências
com outros postulantes à esquerda e que sua campanha é inegociável.
“Existem
diferenças inclusive na forma como se constroem alianças e com quem”, afirmou
após evento em São Paulo.
“Não acho
razoável depois de tudo o que aconteceu no país, com o desastre que é o governo
Temer, voltar a fazer aliança com o PMDB. Não acho razoável fazer aliança como
centrão do Eduardo Cunha.”
Boulos disse
se referir a alianças regionais como a do PT com o MDB de Temer e Renan
Calheiros em Alagoas e a união, ainda que informal, entre os dois partidos no
Ceará.
Ele também
mencionou Pernambuco, onde o PT vetou a candidatura de Marília Arraes para
garantir a neutralidade nacionalmente do PSB do governador Paulo Câmara.
“A política
[de alianças do PT] sempre criticamos, desde o tempo que Lula e Dilma estavam
no governo”, afirmou, negando, porém, qualquer rivalidade com PT ou PC do B.
“Entendemos
perfeitamente a necessidade de união da esquerda e não apenas às vésperas de
eleição. Há três anos temos lutado juntos nas ruas pela democracia no Brasil”,
afirmou.
“Mas existe
diversidade na esquerda, felizmente nesse campo não há pensamento único.”
A
fragmentação, segundo ele, não enfraquece a esquerda, “porque a eleição é em
dois turnos. Esperamos que sejamos nós, mas qualquer candidatura que esteja no
segundo turno fará uma unidade contra a turma do Temer”.
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