Os produtores de sal marinho do Rio Grande
do Norte não conseguiram vender durante o período da greve dos caminhoneiros,
nos últimos dez dias. A informação é da Federação das Indústrias do RN, que
divulgou nesta terça-feira (30) um levantamento sobre o impacto dos bloqueios
das rodovias nos diferentes setores da economia potiguar. Na indústria salineira
a queda de vendas é de 100%.
“A indústria
salineira do Rio Grande do Norte está parada desde a terça-feira da semana
passada. Avisamos aos clientes que se preparassem para esse período. De
quinta-feira para cá, 100% dos clientes não conseguiu embarcar”, afirma Renato
Fernandes, presidente do Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do RN
(Simorsal).
A produção de sal
do Rio Grande do Norte é responsável por 95% da produção de sal marinho do
Brasil. De acordo com Renato Fernandes, praticamente todo o sal usado para
consumo humano no país é transportado por rodovias. Anualmente, os caminhões
transportam uma média de 2 milhões de toneladas de sal potiguar.
Segundo a
economista Sandra Barbosa, que coordenou a pesquisa da Fiern, o estudo foi feito
com base nos 10 dias de manifestações dos caminhoneiros, analisando o impacto
na produção, no faturamento e na venda. Ela explica que o levantamento se
refere às perdas que os produtores tiveram no período, em relação ao que
estimavam que produziriam e venderiam nesse mesmo recorte de tempo em condições
normais.
No que se refere à
carcinicultura, a Federação das Indústrias afirma que houve 100% de despesca no
período. Isso porque faltou ração e insumos em todos os viveiros do estado. A
indústria têxtil teve redução de 50% da produção e excesso de estoque de
produtos finais. De acordo com a Fiern, algumas empresas vão dar férias
coletivas se a situação não melhorar até esta quinta-feira (31).
As facções do Seridó perderam 50% da produção e tiveram queda de 70% do
faturamento. O setor não parou totalmente porque conseguiram escoar parte da
matéria-prima em carros de passeio. A íntegra do estudo feito pela Federação
das Indústrias do Rio Grande do Norte pode ser conferida no link.
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