quinta-feira, 31 de maio de 2018

Setores da economia do RN têm queda de até 100% nas vendas durante greve dos caminhoneiros, diz Fiern




Os produtores de sal marinho do Rio Grande do Norte não conseguiram vender durante o período da greve dos caminhoneiros, nos últimos dez dias. A informação é da Federação das Indústrias do RN, que divulgou nesta terça-feira (30) um levantamento sobre o impacto dos bloqueios das rodovias nos diferentes setores da economia potiguar. Na indústria salineira a queda de vendas é de 100%.

“A indústria salineira do Rio Grande do Norte está parada desde a terça-feira da semana passada. Avisamos aos clientes que se preparassem para esse período. De quinta-feira para cá, 100% dos clientes não conseguiu embarcar”, afirma Renato Fernandes, presidente do Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do RN (Simorsal).

A produção de sal do Rio Grande do Norte é responsável por 95% da produção de sal marinho do Brasil. De acordo com Renato Fernandes, praticamente todo o sal usado para consumo humano no país é transportado por rodovias. Anualmente, os caminhões transportam uma média de 2 milhões de toneladas de sal potiguar.

Segundo a economista Sandra Barbosa, que coordenou a pesquisa da Fiern, o estudo foi feito com base nos 10 dias de manifestações dos caminhoneiros, analisando o impacto na produção, no faturamento e na venda. Ela explica que o levantamento se refere às perdas que os produtores tiveram no período, em relação ao que estimavam que produziriam e venderiam nesse mesmo recorte de tempo em condições normais.

No que se refere à carcinicultura, a Federação das Indústrias afirma que houve 100% de despesca no período. Isso porque faltou ração e insumos em todos os viveiros do estado. A indústria têxtil teve redução de 50% da produção e excesso de estoque de produtos finais. De acordo com a Fiern, algumas empresas vão dar férias coletivas se a situação não melhorar até esta quinta-feira (31).

As facções do Seridó perderam 50% da produção e tiveram queda de 70% do faturamento. O setor não parou totalmente porque conseguiram escoar parte da matéria-prima em carros de passeio. A íntegra do estudo feito pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte pode ser conferida no link.

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